(Redes Sociais / Reprodução)
Alice Moreira Santos, de 23 anos, estava indo para a delegacia denunciar o ex-companheiro quando foi surpreendida por ele e assassinada.
O homem estava foragido há três meses, mas foi localizado na casa da atual namorada, em Justinópolis, Ribeirão das Neves, região metropolitana, na última quarta-feira (1º).
O crime ocorreu no dia 13 de fevereiro deste ano, no bairro Alto Vera Cruz, região Leste de Belo Horizonte, diante da filha de 8 anos. A mulher morreu no local.
De acordo com as investigações do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a vítima foi assassinada com quatro tiros, em um ponto de ônibus do bairro, quando se deslocava para a delegacia, acompanhada por uma amiga e pela filha mais velha.
De acordo com a delegada Ingrid Estevam, que coordenou as investigações, o suspeito estabelecia uma vigilância constante sobre a vítima e afirmava para a mãe dela que iria matar a ex-companheira.
Dias antes do feminicídio, ele teria efetuado inúmeros disparos contra o portão da casa da mulher. “O suspeito tem um histórico de violência contra a mulher, não só contra a vítima de 23 anos, mas contra outras mulheres com quem ele se relacionou”, ressalta Ingrid.
A delegada conta que o casal ficou junto por quatro anos e tiveram uma filha, atualmente com quatro anos. “Desde o início, esse relacionamento foi marcado pelo ciclo de violência doméstica. A vítima acreditava que o suspeito podia mudar de comportamento, o que é, infelizmente, uma assinatura para o feminicídio”, alertou.
A Polícia Civil acredita que a motivação para o crime seja a inconformidade do investigado com o fim do relacionamento do casal.
Condenado por homicídio
Segundo a PCMG, o homem já possui uma condenação em razão de um homicídio cometido em 2019. A vítima foi morta depois de intervir em uma briga do criminoso com Alice. Além dessa condenação, o homem ainda é investigado em outros homicídios.
Denúncia
A Polícia Civil alerta que esse é mais um caso de violência doméstica e familiar contra a mulher com fim trágico, o que reforça a necessidade de denunciar qualquer agressão para evitar este tipo de desfecho.
“Nós temos a possibilidade dos registros de ocorrências por meio da Delegacia Virtual, do Plantão da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher - que funciona 24 horas por dia e nos sete dias da semana, em BH, para recebimentos dessas vítimas e encaminhamento em eventuais casos de requerimentos de medidas protetivas de urgência – e do Disque 100, que é um canal gratuito”, orienta a delegada.
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