(Google Street View / Reprodução)
Uma mulher, de 38 anos, diz ter sido vítima de abuso sexual após procedimento cirúrgico no Hospital MaterDei, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, nessa segunda-feira (8). Ela denuncia ter encontrado, após o procedimento, um líquido com "aparência de esperma" na urina e no short, que estaria rasgado.
O marido da vítima desconfiou do abuso após a esposa voltar do bloco cirúrgico e pedir para urinar.
No boletim de ocorrência, a mulher relatou que foi levada para a sala de cirurgia por uma enfermeira, sem saber dizer se permaneceu no local durante o procedimento.
Ela ainda afirma que viu o anestesista, um auxiliar de cirurgia e outro homem não identificado. Até o momento que se lembra, o médico responsável pelo procedimento ainda não havia chegado.
Ainda segundo a vítima, antes do procedimento ela não estava com nenhuma secreção vaginal, e que a última relação havia acontecido há cinco dias. Ela ainda contou que, na sala de recuperação da cirurgia, identificou outras pessoas, mas que também não viu o cirurgião.
Câmeras
Aos militares, a supervisora do bloco cirúrgico explicou que em nenhum momento os pacientes ficam sozinhos e que, durante o procedimento, a equipe permanece no local.
Em relação à sala de recuperação, citada pela mulher, a supervisora afirma que o lugar possui vários boxes, todos abertos, e com a presença de vários profissionais e pacientes pós-cirúrgicos. Além disso, ela afirma que os corredores têm câmeras de segurança que podem ajudar a entender o caso.
A Polícia Civil e a perícia estiveram no local e colheram o material que estava no short e na comadre - dispositivo usado para ajudar o paciente na hora de urinar.
Em nota, o hospital informou que, assim que souberam da denúncia, tomaram todas as providências cabíveis. "Estamos acompanhando e prestando todo o auxílio necessário à paciente e sua família e aguardando os resultados da perícia".
Leia mais:
'Carreguei duas amigas que desmaiaram', diz aluno ao relatar desespero após intoxicação por gás
Mais 14 testemunhas devem ser ouvidas no segundo dia de julgamento do promotor André de Pinho