Uma mulher de 49 anos foi assassinada dentro da própria casa por um presidiário que estava em liberdade após ser beneficiado com um indulto de Natal. O crime aconteceu na tarde desta terça-feira (27), no bairro Alto Vera Cruz, região Leste de BH.

O condenado estava preso na penitenciária José Maria Alckmin, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana. Ele foi liberado na última quarta-feira (21) pelo indulto e deveria retornar ao sistema penitenciário nesta quarta (28).

Familiares da mulher contaram à Polícia Militar que a vítima foi atingida por engano. Na tarde desta terça, ele e um comparsa foram até o endereço da vítima em busca de um homem, de 41 anos, que prestava serviço de eletricista na residência e teria uma dívida de R$ 30 com esse comparsa, que também seria gerente de uma “boca de fumo” controlada pelo presidiário. 

Aos militares, o eletricista afirmou que prestava serviço do lado de fora da casa da vítima quando foi abordado pelo criminoso, que estava armado e acompanhado o colega. Ele contou que foi agredido com uma coronhada, correu para o interior da casa, e foi perseguido. 

Após entrarem em luta corporal, o presidiário imobilizou o eletricista com um “mata leão” e atirou. O tiro atingiu as costas do homem, de raspão, e acertou o peito da mulher, que estava próxima aos dois no momento da confusão.

O eletricista e a mulher foram socorridos por populares até o pronto socorro do hospital João XXIII, mas ela chegou à unidade sem vida, com uma perfuração no tórax. O homem apresentava um corte na testa e o disparo de raspão na região lombar.

Após o crime, os suspeitos fugiram em um carro. Segundo o boletim policial, os militares procuraram o condenado em três endereços, mas não foram encontrados.

Aos militares, o proprietário do veículo declarou que é amigo de infância do oresidiário, mas que não sabia que o carro havia sido utilizado no crime e que desconhecia a localização do automóvel.
 
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) informou que suspeito cumpre pena em regime semiaberto desde novembro de 2021. E que ele podia sair da unidade prisional para trabalhar durante o dia e retornar para passar a noite, de segunda a sábado.

A Sejusp esclareceu que “administrativamente, para o sistema prisional”, ele ainda está no prazo de retorno para a penitenciária - que vai até às 20h desta quarta - e que, portanto, não é considerado foragido. 

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