(Pedro Melo / Hoje em Dia)
Marco Aurélio Silva, pai de Lorenza Pinho, afirmou que não irá perdoar o promotor de justiça André de Pinho, de 53 anos, condenado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), nesta quarta-feira (29), a 22 anos de prisão pela morte da esposa em 2021. A decisão ainda cabe recurso.
O julgamento se alongou por toda a quarta, começando às 9h e terminando às 19h30. O processo foi acompanhado de perto pelo pai da vítima. Após o resultado, ele comentou a decisão afirmando que não terá vida suficiente para perdoar o promotor. “Não perdoo não. Eu carrego uma dor grande muito grande. Vou fazer 75 anos e não sei se terei saúde para viver o bastante para esquecer toda a situação”.
A decisão encerra um ciclo de julgamentos e de indecisão sobre a morte de Lorenza. Ainda assim, o resultado ainda não foi suficiente para pôr um fim no luto de Marco Aurélio. “Não consigo falar que estou feliz. Nada disso trará ela de volta. Ele acabou com a minha vida e com a da minha família”.
“Ele se sentia poderoso. Vivia falando que era o homem que prendia e soltava as pessoas. O resultado de hoje mostrou o contrário. Ele na verdade é o homem que vai preso por 22 anos. Esse é o final dele”, comentou o pai de Lorenza.
O promotor André de Pinho foi condenado pelo TJMG a 22 anos de reclusão pelo feminicídio de Lorenza Maria Silva de Pinho e também por omissão de cautela de arma de fogo, quando não se preserva a segurança de menores de idade com a presença do armamento.
Durante o julgamento, André ficou de frente para 20 desembargadores que analisaram o pedido de condenação pelos crimes de 2021. Por ser membro do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o promotor tem foro privilegiado e foi julgado pelo órgão pleno do Tribunal.
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