Fim da novela?

Obras na Via 240 são concluídas após 7 meses e trecho será liberado no sábado

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
01/09/2022 às 10:19.
Atualizado em 01/09/2022 às 10:30
 (Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

A dor de cabeça de motoristas e pedestres que precisam passar pela avenida Risoleta Neves - também conhecida como Via 240, próximo à Estação São Gabriel, na região Nordeste de Belo Horizonte, pode estar chegando ao fim. Segundo a Copasa, a obra de manutenção no interceptor de esgoto foi concluída no dia 27 de agosto, e a via será liberada no próximo sábado (3). 

O trânsito no local está interditado desde o dia 27 de janeiro, quando se iniciaram as obras para a correção de um abatimento da pista, ocasionado pelas chuvas que atingiram a capital mineira na época. Desde então, a via segue sinalizada e com barreiras montadas pela BHTrans.

Devido às obras, o sentido Centro/Bairro foi totalmente interditado em uma trecho de cerca de 100 metros. Com isso, diariamente, nos horários de pico, o local é tomado por um grande congestionamento. 

Segundo a BHtrans, para minimizar os impactos de veículos e propiciar mais segurança para todos foi montado um esquema de trânsito. Nos horários de pico da manhã, duas faixas de tráfego, no sentido centro, ficam liberadas para a circulação e uma faixa, no sentido bairro.

"Após as 10 horas, é feita uma inversão de circulação na via, ficando duas faixas liberadas ao trânsito, no sentido bairro, e outra no sentido centro", informou.

Pedestres reclamam de transtornos

Pedestres que passam pelo local reclamam do prazo extenso para conclusão das obras. A operadora de caixa Ana Carla, de 28 anos, afirma que o trânsito costuma "agarrar" e, por isso, os passageiros enfrentam dificuldades para pegar os coletivos que passam pela via. 

"Sempre estou passando aqui e a obra já tem bastante tempo. Parece que vai ser boa, mas está demorando bastante. O trânsito atrapalha a pegar ônibus, tem vez que a gente nem vê ele [coletivo] vindo", afirma. 

Opinião parecida tem Evelina Pereira da Silva, de 52 anos, que ressalta que o alto fluxo de carretas torna o local ainda mais perigoso. "Essa obra atrapalha os ônibus e também é muito perigoso. Muita carreta passando, tem muito atropelamento", opina. 

José Ancélio do Santos, de 67 anos, completa: "essa obra na avenida tem muito tempo que ela sai e não sai e, no fim, nunca sai. Está prejudicando os moradores da região", reclama. 

A obra é de responsabilidade da Copasa. Em nota, a empresa explicou que as intervenções ocorrem para uma recuperação estrutural em uma rede que destina o esgoto até a Estação de Tratamento de Esgoto Onça (ETE Onça).  

Demora

Questionada sobre o prazo de sete meses para a conclusão da obra, a companhia esclarece que a "demora" ocorreu "devido à grande profundidade (15m)", o que dificultou "muito a realização do reparo".

Conforme a Copasa, a obra de manutenção no interceptor de esgoto foi concluída dia 27 de agosto e, após a recomposição da via, o trânsito deve ser liberado no próximo sábado (3). "A conclusão do serviço, com recuperação do passeio e meio-fio, está prevista para a próxima semana", afirma. 

Canal subterrâneo 

As intervenções na região, no entanto, ainda estão longe de serem finalizadas. Paralelo à obra da Copasa, também próximo à Estação São Gabriel, acontecem a implantação do novo canal da Bacia do Ribeirão do Onça. A operação, de responsabilidade da Prefeitura de Belo Horizonte, só deve ser concluída no segundo semestre de 2023.

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

Segundo a PBH, o objetivo da obra de implantação desse novo canal, com extensão de 286,96 metros, localizado nas proximidades do cruzamento das avenidas Cristiano Machado e Via 240, é duplicar a capacidade de vazão das águas das chuvas e minimizar inundações na região.

No início de agosto, a primeira etapa da obra foi concluída. A previsão, agora, é de que as próximas etapas da implantação, incluindo a demolição das paredes do canal antigo e interligação com o novo, sejam concluídas somente no ano que vem.

A obra tem investimento de aproximadamente R$ 44,7 milhões, com recursos provenientes do Fundo Municipal de Saneamento e Ministério das Cidades.

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