Sinergia

Operação mira esquema criminoso que teria sonegado mais de R$ 44 milhões em impostos em Betim

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
30/11/2022 às 08:57.
Atualizado em 30/11/2022 às 09:03
 (Divulgação / MPMG)

(Divulgação / MPMG)

Empresários do setor de reciclagem de sucatas e metais (zinco e alumínio) são alvos de operação em Betim, na região metropolitana, suspeitos de integrar esquema de fraudes tributárias. A ação faz parte da 3° fase da Operação Sinergia.

Ao todo, estão sendo cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em Betim, na Grande BH, e nas cidades de São Paulo, Araçariguama, Arujá, Barueri, Guarulhos e Mogi das Cruzes, no estado paulista. A operação integra uma força-tarefa montada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Receita Estadual de Minas Gerais, Polícia Militar e Polícia Civil.

Se comprovado o esquema, os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, os cofres mineiros foram lesados em cerca de R$ 44 milhões.

Na ação de hoje, foram alvo de busca e apreensão residências de empresários, diretores e sede de empresas pertencentes a dois grandes grupos econômicos que se beneficiaram das fraudes da empresa situada em Andradas, no Sul de Minas.

Segundo as investigações, a empresa mineira era inserida na etapa da circulação da mercadoria em que haveria o pagamento de ICMS. Ou seja, havia a simulação de uma venda para a empresa e esta, por sua vez, efetuava nova venda simulada para outro Estado da Federação, sem o recolhimento efetivo do ICMS devido, já que ela se utilizava dos créditos frios que possuía para compensar com os débitos oriundos dessas vendas fraudulentas. 

"Dessa forma, um dos grupos econômicos envolvidos conseguia transferir mercadorias de um Estado para o outro sem o pagamento de nenhum centavo de ICMS, lesando os cofres públicos", detalhou o MP. 

1° e 2° fases 

Ainda nas duas primeiras fases da Operação Sinergia, as investigações identificaram que a empresa situada em
Andradas havia simulado a compra de sucata e metais de empresas “fantasmas” de outros Estados (Maranhão, Pará e Mato Grosso) em valores que superam R$ 1 bilhão. 

Na realidade, a empresa de Minas teria registrado notas fiscais de entrada falsas, visto que não havia efetiva circulação da mercadoria. Com isso, contabilizou mais de R$ 100 milhões em créditos frios de ICMS. De posse desses créditos frios, a empresa mineira fazia a sua venda para empresas interessadas em sonegar, cobrando comissão a cada operação simulada.

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