Sul de Minas

Padre de Itajubá denuncia grupo que estaria entregando panfleto de candidato; veja o vídeo

Rodrigo de Oliveira
rsilva@hojeemdia.com.br
24/10/2022 às 21:50.
Atualizado em 24/10/2022 às 21:58

Tem circulado na internet o vídeo de um padre de Itajubá, no Sul de Minas, que relata ter sofrido ameaças de um grupo que estaria entregando panfletos com instruções de voto em uma igreja da cidade.

A declaração do pároco Valmir Teixeira aconteceu durante uma missa nesse domingo (23) na Comunidade Nossa Senhora Aparecida.

Veja o vídeo:

Nas imagens, Valmir Teixeira denuncia um grupo que seria formado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. De acordo com ele, os panfletos seriam distribuídos pelo grupo como "instruções da igreja", o que não é verídico.

"Tem um grupo tentando impor (em quem votar) pautado em muitas mentiras, precisamos filtrar muito as coisas. Eles usam ainda o nome da Igreja, escrevendo no cabeçalho: 'Instruções da Igreja Católica para escolher em quem votar'. Está no papel que estão distribuindo por aí. Isso não é instrução da Igreja", disse o padre.

Valmir ressaltou que não há autorização para que o grupo distribua o panfleto e que nenhum grupo está liberado para entregar esse tipo de material, independentemente do candidato.

O pároco também revelou que ele e uma fiel teriam sido ameaçados ao conversar com o grupo para pedir que os panfletos não fossem distribuídos em nome da igreja.

"Não podemos fazer com que a religião se torne um aparelhamento. Não deixemos que a nossa religião ou as religiões sejam aparelhadas. Isso é um mal para a sociedade. Vocês concordam comigo que não estamos elegendo o presidente da CNBB? Vamos eleger o presidente da República, que vai governar, que deve governar, pois é o dever dele. Para os católicos, para os evangélicos, para quem não processa fé, para todas as pessoas", disse Valmir Teixeira.

"Tem um grupo infiltrado nas igrejas distribuindo esse panfleto com propaganda eleitoral. Esse panfleto nitidamente com propaganda política, isso é crime eleitoral e atentado também contra a liberdade religiosa. Todos nós temos a nossa opinião, você tem a sua, eu tenho a minha para escolher o candidato que vamos votar no dia 30", comentou o religioso na gravação.

A reportagem de Hoje em Dia entrou em contato com o padre, mas não obteve retorno.

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