O Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte, completa 80 anos nesta terça-feira (16). Apesar de uma programação intensa para celebrar a data, o local lida com um problema que se se arrasta por décadas: a poluição da lagoa.

Para o prefeito de BH, Fuad Noman, despoluir o reservatório é o principal desafio enfrentado pelo cartão-postal. Ele voltou a dizer que o problema é resultado do despejo de esgoto em córregos que deságuam na Pampulha.

Segundo o prefeito, são cerca de 10 mil residências, entre BH e Contagem, despejando esgoto sem nenhum tratamento.

Na ocasião Fuad lembrou que há uma ação na Justiça que obriga a Copasa a resolver a situação em até cinco anos.

"Nós estamos trabalhando com a Copasa e com a prefeitura de Contagem para que a gente possa antecipar esse prazo, porque não é um serviço muito complexo. É só colocar os interceptores nas casas. E quem não aceitar será multado", afirmou o prefeito.

Apesar da decisão judicial, Fuad não informou a data de início do serviço, já que a PBH depende das ações da Copasa. Ainda assim, ele acredita que após esse prazo, a Lagoa da Pampulha estará limpa o suficiente para a prática de esportes náuticos e até para pesca.

Na cerimônia para abrir a programação dos 80 anos do complexo, o prefeito Fuad assinou um decreto que institui a Comissão de Gestão Integrada do Conjunto Moderno da Pampulha. O objetivo, segundo o chefe do executivo é centralizar e coordenar ações de conservação do patrimônio.

Conjunto da Pampulha

O conjunto inclui os edifícios e jardins do Museu de Arte da Pampulha (antigo Cassino), da Casa do Baile (atual Centro de Referência da Arquitetura, Urbanismo e Design de BH), do Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis (Igrejinha da Pampulha) e do Iate Tênis Clube (antigo Iate Golfe Clube), construídos quase simultaneamente entre 1942 e 1943, além do espelho d´água e da orla da Lagoa.