Transporte coletivo

Passageiros ignoram uso de máscaras contra Covid dentro dos ônibus de BH

Marina Proton
mproton@hojeemdia.com.br
14/06/2022 às 11:12.
Atualizado em 14/06/2022 às 12:05
 (Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

O uso da máscara de proteção contra a Covid-19 no transporte coletivo de Belo Horizonte nunca foi desobrigado. Ainda assim, e  em meio ao avanço do coronavírus na capital mineira, há quem insista em desobedecer a medida. Para garantir a segurança nestes locais, é preciso manter o acessório cobrindo o nariz e a boca. No entanto, em um rápido giro pelo Centro da cidade na manhã desta terça-feira (14) - dia em que retorna a obrigatoriedade em todos os demais espaços fechados - o Hoje em Dia flagrou passageiros sem máscara ou com o item utilizado de forma incorreta, no queixo.  

E o cenário incomoda quem respeita as medidas. “Muitas [pessoas] não usam e isso é ruim porque eu estou usando, então é perigoso. E além disso, eu sei das consequências. Então acho que as pessoas devem utilizar a máscara para prevenir o outro”, explicou a técnica de enfermagem Ordália Fátima de Oliveira, de 55 anos, que aguardava pelo coletivo em um ponto da avenida Amazonas. 

Em outra via da capital mineira, a indignação por quem “anda na linha” é a mesma. A dona de casa Ana Raquel, 37, contou que utiliza o transporte coletivo diariamente, e que flagrantes são constantes. ”Vejo que as pessoas não têm noção da pandemia. A gente senta perto e elas não tem senso. E, diante disso, a obrigatoriedade em outros locais veio em boa hora”, concluiu. 

Fiscalização

Para a Associação dos Usuários de Transporte Coletivo da Grande BH (AUTC) diariamente chegam na entidade denúncias de falta fiscalização nos ônibus que circulam na capital e região metropolitana. 

“Não há abordagem às pessoas ou cobrança pelos operadores do sistema. Então essa cobrança fica por conta dos próprios usuários, e isso acaba gerando brigas. Por isso somos favoráveis que haja uma fiscalização eficiente, pois, como está, a empresa finge que cobra e o usuário finge que usa”, argumentou Francisco Maciel, presidente da AUTC. 

Maciel explique que a associação já procurou a prefeitura exigindo uma fiscalização mais rígida. "Quem tem esse poder são guardas, policiais, a prefeitura, que podem inibir esse comportamento prejudicial à coletividade. Se esses agentes não atuarem, a situação da pandemia só tende a piorar.” 

Retorno

Ao menos até o fim de julho, o uso da máscara será obrigatório em espaços fechados de Belo Horizonte. A medida entrou em vigor nesta terça, sendo oficializada por meio de decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM)

“Os nossos protocolos, como colocado desde o início da pandemia, são revistos diariamente e alterados conforme os dados epidemiológicos, baseado em evidências científicas. Neste momento, entendemos que devemos voltar com a obrigatoriedade do uso de máscaras em lugares fechados”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Cláudia Navarro durante coletiva ontem.

Segundo ela, o número de casos no município será levado em consideração novas diretrizes. "O decreto tem validade até 31 de julho, que nós acreditamos que seja quando teremos uma diminuição dos casos respiratórios. Mas todos os protocolos podem ser mudados", completou.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por