Polícia apreende 18 menores suspeitos de integrar facções criminosas e ‘gangue da marcha ré’ em BH
Onze ficaram internados e estão à disposição da Justiça para serem re-inseridos na sociedade

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu 18 mandados de busca e apreensão contra menores suspeitos de integrar facções criminosas e até a conhecida “gangue da marcha ré” - organização que invade estabelecimentos comerciais da capital utilizando veículos para arrombar portas. Ao todo, onze jovens ficaram internados. As apreensões fazem parte da Operação Proteção divulgada nesta sexta-feira (31).
Segundo o delegado Eduardo Dantas, a ação foi desencadeada após a polícia identificar menores que estariam sendo assediados para integrar facções criminosas. Cinco deles seriam integrantes da “gangue da marcha ré”.
“Os menores têm sido uma mão de obra para o crime organizado. São assediados para realizar práticas infracionais como furtos, roubos de veículos. Inclusive, cinco dos menores estavam envolvidos com a gangue da marcha ré, envolvidos com tráfico de drogas”, afirmou.
Dantas revela que o crime organizado tem como “costume” assediar menores de idade e inseri-los em práticas ilícitas. “É uma prática comum, eles (organizações criminosas) têm funções adaptadas para esses adolescentes. A linha de frente do tráfico de drogas, por exemplo, a maioria é composta por menores. Quando a polícia chega, eles correm, mas se forem pegos ficam apenas 45 a 90 dias reclusos”.
Conforme o delegado, onze jovens permaneceram internados e estão à disposição da Justiça. O Ministério Público irá apresentar as medidas que entender cabíveis para os menores.
A Polícia Civil apresentou nesta sexta-feira (31) a Operação Proteção, uma iniciativa coordenada para proteger crianças e adolescentes de ações criminosas. A operação resultou na apreensão de 18 jovens envolvidos com o crime organizado e na prisão de 16 pessoas por crimes de abuso sexual.
Leia mais: