A Polícia Civil de Minas Gerais iniciou as investigações sobre autoria e motivação do assassinato de Roni Peixoto, um dos maiores criminosos da história no Estado e conhecido por ser ex-braço direito de Fernandinho Beira-Mar. Peixoto tinha 52 anos, e foi morto quando chegava em casa, na manhã dessa segunda-feira (11), em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O corpo dele passou por perícia no Instituto Médico Legal (IML) e será velado às 15h desta terça-feira (12), no cemitério Bosque da Esperança, na região Norte da capital.
De acordo com a Polícia Militar, Roni foi encontrado dentro de um carro de passeio na avenida Engenheiro Felipe Gabrich, no bairro Córrego das Calçadas. As primeiras informações indicam que ele teria sido abordado por dois homens, que se anunciaram como policiais, e começaram a atirar.
Até o momento, ninguém foi preso, segundo a PC. A corporação afirma que não descarta nenhuma linha de investigação, e vai divulgar novas informações sobre o caso à medida em que os trabalhos avançarem.
Histórico no crime
Roni foi um dos primeiros criminosos a comercializar o crack na capital, com grande atuação entre os anos 1990 e 2000. Já foi preso por homicídio, posse e porte ilegal de arma de fogo, formação de quadrilha e tráfico de drogas e era tido como um dos líderes do Comando Vermelho, facção criminosa do Rio de Janeiro, em território mineiro.
Ele cumpriu mais de 24 anos de prisão em regime fechado, de uma pena total de 35 anos. Em abril de 2019, Peixoto deixou a cadeia em regime de prisão domiciliar, e desde então, afirmava ter deixado o mundo do crime.