Um novo vídeo divulgado pela Polícia Civil de Minas Gerais, nesta segunda-feira (24), mostra o início da briga de trânsito que terminou com a morte do instrutor de autoescola Alessandro Gomes de Carvalho, de 48 anos, no bairro Floramar, na região Norte de Belo Horizonte. O caso ocorreu na quarta-feira (12).
O suspeito, de 47, segue solto e vai responder ao processo em liberdade. "Ele não está preso, pois já não estava mais em flagrante. Ele vai responder em liberdade a princípio. A maioria das provas já foram produzidas", disse o delegado Rodrigo Gomes Fagundes, titular da Divisão Especializada em Prevenção e Investigação de Crimes de Trânsito e responsável pela investigação.
Segundo o delegado, durante depoimento na última quarta (19), o motorista alegou que fugiu do local devido a um suposto comportamento agressivo do instrutor. No entanto, a polícia não acredita na versão, que foi refutada após novo vídeo mostrar o início da confusão.
"Temos vídeo sobre isso que desmonta a versão de que o instrutor estava agressivo. Várias pessoas acompanharam os fatos e, em nenhum momento, essas testemunhas disseram ver atitude agressiva do instrutor. As provas refutam essa ideia que o instrutor estava agressivo", garante Fagundes.
A PC também identificou o envolvimento de um terceiro condutor, que teria sido atingido pelo suspeito durante a fuga. Conforme o delegado, a queda do instrutor teria ocorrido durante essa segunda colisão.
"As imagens mostram apenas um determinado momento. A queda dele foi em razão da colisão contra um terceiro veículo. Localizado esse condutor, que disse que ia em sua mão de direção, quando o suspeito evadiu a contramão e colidiu contra ele", explica.
Segundo o delegado, a conclusão dos laudos de necropsia vai apontar se a morte ocorreu devido a queda ou se teria sido ocasionado por essa segunda batida. O inquérito deve ser concluído após a divulgalção dos laudos.
O caso
Alessandro dava uma aula de direção, em um Fiat Mobi, quando o veículo da autoescola foi atingido por um Volkswagen Voyage na rua José Lima de Almeida. Após a batida, segundo relato do aluno, de 19, Alessandro tentou uma solução "amigável", mas, quando propôs fazer o boletim de ocorrência, o suspeito entrou no automóvel e disse que iria embora.
A vítima então tentou impedir a fuga se colocando sobre o capô do carro, mas foi arrastada, caiu e bateu com a cabeça no meio-fio. O suspeito deixou o local sem prestar socorro.
O instrutor de autoescola teve morte cerebral confirmada quatro dias após o caso. Ele morreu no dia seguinte e foi enterrado na última terça (18), no Cemitério da Paz.
No mesmo dia, a Policia Cívil divulgou que o suspeito do crime havia sido identificado que o veículo havia
Na quarta (19), o motorista, de 47 anos, se apresentou à delegacia e prestou depoimento que durou, aproximadamente, duas horas. O suspeito foi liberado devido ao prazo do flagrante, de até 24 h, já ter passado.
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