Motim

Polícia é acionada para reforçar segurança em duas unidades prisionais da Grande BH

Clara Mariz e Luciane Amaral
portal@hojeemdia.com.br
25/02/2022 às 22:30.
Atualizado em 25/02/2022 às 22:30
 (Redes Sociais / Reprodução)

(Redes Sociais / Reprodução)

Detentos fizeram um motim em uma unidade prisional na noite desta sexta-feira (25). De acordo com informações preliminares, a Polícia Militar foi acionada para reforçar o policiamento do Centro de Remanejamento de Presos de Betim, e em outra unidade de prisional em Ibirité. 

O Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) informou que os presos do Ceresp Betim atearam fogo em pedaços de colchões e jogaram nos corredores de uma das galerias da unidade prisional. 

Os policiais penais agiram prontamente e controlaram as chamas. O Comando de Operações Especiais foi acionado e a situação na unidade já foi controlada. A unidade abrirá um Procedimento Administrativo para apurar as causas e os atores envolvidos na ação.

Ainda de acordo com o Depen, não foi confirmada nenhuma mobilização de presos em Ibirité.

Visitas

Ainda não há confirmação se a situação ocorreu devido à ameaça de suspensão de visitas, anunciada no início da greve dos policiais penais em Minas. 

De acordo com o Ministério Público de Minas, na última terça-feira (22), o Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais (Sindppen-MG) emitiu recomendação dirigida à categoria em que afirma que deixariam de ser prestados serviços pelos policiais penais relacionados à viabilização de entrega de correspondências, banho de sol, escoltas, atendimento a advogados e visitas.

A reportagem procurou o sindicato dos policiais penais para mais esclarecimentos quanto ao motim no Ceresp de Betim. De acordo com Wladimir Dantas, vice-presidente do sindicato, a visitação não foi suspensa. Entretanto, os policias penais vão adotar a chamada operação padrão em que vão conferir o cadastramento dos visitantes, vão exigir o distanciamento de segurança devido à pandemia da Covid-19, além do comprovante de vacinação ou teste PCR negativo para a doença, entre outros.

Ainda de acordo com o sindicalista, todas as regras previstas na legislação serão cumpridas rigorosamente. Se houver danos ou falta de equipamento, os policiais não irão atuar e nem garantir a visitação que, normalmente, só ocorrem nos fins de semana.  

Para o advogado Fábio Piló, ex-presidente da Comissão de Assuntos Carcerários da OAB/MG, a visita é algo "sagrado" dentro do sistemas prisional. "A justificativa dos policiais penais é a  falta do efetivo e eles fazem a famosa greve branca, que é simplesmente cumprir o que consta no regulamento do sistema prisional. Aí, eles falam que não têm efetivo para dar banho de sol, não tem efetivo para receber o kit, não temos efetivo para receber o advogado no sistema prisional (...) mexer em visita de preso é colocar fogo no paiol", conclui.

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