Matozinhos

Polícia investiga morte de mulher após retirada de DIU em clínica na Grande BH

Procedimento ocorreu no último sábado (4), em uma clínica na cidade de Matozinhos, na região metropolitana

Pedro Santos*
pedro.sousa@hojeemdia.com.br
10/11/2023 às 09:06.
Atualizado em 10/11/2023 às 09:59
 (Reprodução/Redes Sociais)

(Reprodução/Redes Sociais)

A Polícia Civil de Minas instaurou inquérito policial para apurar as causas que levaram à morte de uma mulher de 32 anos, após a retirada de um Dispositivo Intrauterino (DIU). O procedimento ocorreu no último sábado (4), em uma clínica particular na cidade de Matozinhos, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), mas a família de Jéssica Marques Vieira registrou o BO na quarta-feira (8).

Segundo a corporação nesta sexta-feira (10), mais informações serão repassadas após a conclusão das investigações. Sobre os médicos envolvidos no caso, o Conselho Regional de Medicina (CRM-MG) informou que “apura todas as denúncias recebidas, formais ou de ofício, por meio da abertura de procedimento administrativo para apuração dos fatos, tendo o médico amplo direito de defesa e ao contraditório, conforme previsto no Código de Processo Ético-Profissinal (CPEP)”. O procedimento corre sob sigilo.

Ainda segundo o CRM, profissionais registrados nos conselho estão autorizados a realizar os procedimentos que entenderem necessários aos pacientes, mas não podem anunciar-se como especialistas caso não tenham a especialidade registrada no CRM de sua jurisdição, ficando sujeito às penalidades aplicáveis, conforme a Lei 3268/57.

A Prefeitura de Matozinhos explicou que "após os procedimentos de reanimação cardiopulmonar sem sucesso, foi constatado o óbito da paciente. Devido a inespecificidade do caso e desconhecimento dos procedimentos tomados, o médico plantonista solicitou remoção e avaliação do Instituto Médico-Legal".

Sobre a documentação exigida para funcionamento da clínica, o executivo municipal informou que "em relação ao alvará sanitário e ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) não há nenhuma irregularidade e que está apta, também, para realizar exames cardiológicos, com estrutura necessária para os primeiros socorros".

A reportagem procurou a clínica e aguarda retorno.

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