Denúncias

Polícia investiga supostos abusos sexuais contra alunos de escola particular de BH

Gabriel Rezende
grezende@hojeemdia.com.br
27/06/2022 às 18:53.
Atualizado em 27/06/2022 às 19:58
 (Google Street View / Reprodução)

(Google Street View / Reprodução)

A polícia investiga supostos casos de importunação e abuso sexual que teriam sido cometidos contra alunos por um funcionário dentro de uma unidade da Rede Coleguium, no bairro Nova Suíssa, região Oeste de Belo Horizonte. Pelo menos 18 denúncias foram apresentadas. 

Nesta segunda-feira (27), o colégio disponibilizou às autoridades imagens das câmeras de segurança para auxiliar nas investigações. Segundo Polícia Civil, as vítimas têm entre 6 e 15 anos.

As investigações seguem na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. Conforme a instituição, o suspeito deverá ser ouvido nos próximos dias. Vítimas são orientadas a procurarem a instituição, na avenida Nossa Senhora de Fátima, bairro Carlos Prates, região Noroeste da capital mineira. 

Conforme o delegado Vinícius Dias, responsável pelas investigações, o inquérito foi instaurado após a primeira denúncia, registrada na última quinta-feira (23). Em seguida, outros relatos de possíveis vítimas surgiram.

"A investigação está no início, mas está andando relativamente rápido. Já colhemos imagens e intimamos as testemunhas que podem ter presenciado o fato. Já temos a qualificação do suspeito [por importunação e abuso sexual]. A investigação caminhará de maneira célere", disse em entrevista à Rádio Itatiaia

Ainda conforme o delegado, o funcionário suspeito dos abusos atuava como "inspetor disciplinário". A função dele era "garantir a segurança das crianças na entrada e na saída dos estudantes". 

Em nota, a Rede Coleguium afirma que afastou o trabalhador, assim que tomou conhecimento das denúncias. "O caso está sendo tratado com extremo cuidado e atenção pelo setor de compliance com apoio de uma organização especializada independente", afirmou. 

O colégio também diz que "integrantes da diretoria e coordenação estão recebendo pais e responsáveis pelos alunos para informar sobre as ações que estão sendo implementadas". 

Estupro de vulnerável

Caso as denúncias sejam confirmadas e o suspeito seja indiciado, ele poderá responder por estupro de vulnerável, a partir de entendimento recente do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Conforme a Corte, qualquer ato libidinoso praticado contra uma pessoa menor de 14 anos é considerado estupro de vulnerável. A classificação ocorre independentemente da duração do ato ou da sua superficialidade.

Antes, em alguns casos, os crimes poderiam ser qualificados como importunação, que possui pena menor. 

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