
ATUALIZAÇÃO - essa reportagem foi atualizada após a Polícia Civil corrigir uma informação errada passada pelo própria instituição.
A Polícia Civil concluiu que uma falha mecânica causou a queda de um ônibus da Ponte Torta, em João Monlevade, na região Central de Minas, que matou 19 pessoas e deixou outras 27 feridas. Com o resultado, o motorista não será indiciado. Inicialmente, a PC havia informado que o condutor seria indiciado por homicídio culposo – quando não há a intenção de matar, mas voltou atrás horas depois.
Por nota, a corporação informou que o inquérito policial foi concluído e não teve culpa penalmente relevante, tendo em vista que o fato decorreu na falta de freio dos ônibus. Diante disso, o motorista não foi indiciado, pelo ocorrido.
O acidente
O ônibus de viagem saiu de Mata Grande, no interior de Alagoas, na manhã do dia 3 de dezembro de 2020, com destino a São Paulo, mas acabou caindo da ponte no dia seguinte – de uma altura aproximada de 35 metros – deixando 19 pessoas mortas e outras 27 feridas.
Segundo testemunhas, o veículo perdeu o freio enquanto passava por cima da ponte, voltou de ré na pista que é íngreme e bateu na mureta de proteção, momento em que veio a cair. Das 19 vítimas, 14 foram sepultadas em Alagoas, uma na Bahia e quatro em São Paulo.
O motorista sobreviveu ao pular do veículo instantes antes dele despencar. O condutor fugiu do local e só se apresentou à polícia três dias depois do acidente. Ele alegou que ficou com medo de ser linchado e disse que os freios falharam.
Na época, no entanto, representantes da empresa alegaram que somente o motorista poderia esclarecer o que ocorreu, mas que acreditavam que ele poderia ter sido imprudente ao volante.
A companhia, que mudou de nome após o acidente ocorrido no dia 4 de dezembro de 2020, não estava registrada junto à ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) e alegou, à época, que o ônibus havia sido cedido para uma outra empresa.