O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), mostrou preocupação diante da resistência da Câmara Municipal (CMBH) em aprovar o Projeto de Lei (PL) 299/2022, que autoriza a Prefeitura a subsidiar os preços das passagens de ônibus na capital. Depois que a CMBH rejeitou o texto encaminhado pelo ex-prefeito Alexandre Kalil, o PL finalmente foi aceito em 30 de março e está em tramitação nas comissões da Casa.
Em entrevista à rádio Itatiaia nesta terça-feira (12), Fuad destacou que um dos problemas do transporte coletivo na capital mineira, no caso, o preço das passagens, pode ser resolvido se os vereadores aprovarem o projeto.
"A Câmara está com alguma dificuldade para avançar nos estudos desse projeto. Isso me preocupa muito. Porque se a Câmara não aprovar, sou obrigado a aumentar a passagem. Eu não consigo manter como está. Preciso da Câmara, preciso que ela leia o projeto e aprove", argumentou.
Na última terça-feira (5), a Justiça acolheu um pedido feito pelo Sindicato das Empresas de Transporte e Passageiros (Setra-BH) e determinou a implantação do reajuste anual das passagens de ônibus, previsto no contrato que as empresas assinam com a PBH. O transporte coletivo da cidade não registra aumento desde 2018.
Fuad Noman lembrou que a Prefeitura vai recorrer da decisão judicial, mas ainda aguarda o envio da notificação por um oficial de Justiça.
O prefeito sinalizou que não pode, neste momento, aumentar em 30% o preço das passagens. "A decisão do juiz me obrigaria a subir a passagem para R$ 5,75 ou R$ 5,85. A população não aguenta", alertou.
"Estamos num impasse neste momento. Ou a gente paga a gratuidade e reduz a tarifa. É uma decisão que a Câmara precisa tomar, ou a Prefeitura, obrigatoriamente, terá que aumentar o valor da passagem", concluiu.
O Hoje em Dia procurou a Câmara Municipal para comentar a fala do prefeito e aguarda retorno.
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