Presidente da BHTrans diz que 'não é o momento' para discutir aumento da passagem de ônibus em BH

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
25/11/2021 às 18:11.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:19
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O presidente da BHTrans, Diogo Prosdocimi, disse que o aumento das passagens de ônibus é uma discussão que não existe neste momento. Em entrevista à rádio Itatiaia, nessa quinta-feira (25), o gestor comenta sobre a paralisação dos motoristas desta semana e fala sobre a possibilidade de um aumento no preço da tarifa do transporte coletivo na capital.

Questionado sobre o assunto, Prosdocimi afirma que "não é possível essa discussão na Prefeitura porque ela é impossível”.  Ele explica que existe uma fórmula no contrato com as empresas de transporte público que depende de índices inflacionários para se calcular a tarifa do transporte coletivo. Segundo ele, alguns indicadores não estão nem disponíveis e só são divulgados no final de novembro e meados de dezembro. “Mesmo com pleito dos empresários, com todas essas questões que são colocadas pela imprensa e pelos usuários em relação ao preço da tarifa, não é o momento dessa discussão", comenta.

Outro fato citado pelo presidente da BHTrans é o das empresas que entraram na Justiça reclamando do valor da tarifa e pedindo reajuste de contrato, que serão reavaliados nos autos do processo. O gestor também explica que o contrato vigente com a PBH é de 2008, e que ele “não funciona pra ninguém”, inclusive para o poder público, pois não permite que atenda às demandas dos usuários. Apesar disso, ele diz que a autarquia continua fiscalizando e monitorando intensivamente os contratos para cumprir o que está estabelecido.

Greve suspensa até amanhã
Sobre a greve dos motoristas de ônibus da capital, Diogo Prosdocimi afirma que o encerramento depende exclusivamente de um acordo entre empregadores e trabalhadores e que a PBH está descolada das relações de financiamento do setor. "A relação é entre empregador e trabalhador, que tem seu direito à greve, mas é importante respeitar os limites estabelecidos pela Justiça do Trabalho. É importante também que os dois cheguem a um acordo, que não tem relação com a prefeitura, mas sim, com as empresas”, conclui.

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