
Professores e funcionários de escolas particulares de Belo Horizonte e região metropolitana vão paralisar as atividades nesta quarta-feira (30). Os trabalhadores estão em campanha de negociação salarial desde março e, na última semana, a categoria rejeitou a proposta patronal e convocou uma assembleia.
Para Valéria Morato, presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), a proposta das instituições vai interferir nos direitos trabalhistas da categoria. “Chegamos ao limite. Além de mexer na cláusula isonomia salarial, que é muito cara para os professores, também mexe na cláusula de adicional por tempo de serviço, e querem alterar o período de férias, fazendo com que janeiro deixe de ser o mês de recesso. Por isso, os trabalhadores entenderam a necessidade de uma paralisação para negociar”, contou a representante da categoria.
A categoria negocia ainda uma recomposição salarial e pagamento retroativo a partir de abril deste ano. O sindicato dos professores denuncia também tentativas de “intimidação” e “mentiras” por coordenadores das instituições. “Decisão de assembleia de categoria é soberana. A paralisação é legal e legítima, nós estamos lutando pela manutenção dos nossos direitos. Calúnia é crime, prática antissindical é crime”, completou Morato.
Em nota o Sindicato das Escolas Particulares de Minas (Sinep-MG) disse que está propondo "adequações essenciais para a sustentabilidade das instituições e não a supressão de benefícios".
Afirmou ainda que a proposta patronal rejeitada pelos trabalhadores estava oferecendo a manutenção de quase a integralidade da norma coletiva de trabalho anterior e que os benefícios não sofreriam alteração.
O sindicato patronal disse que sugeriu uma data para a próxima reunião entre os sindicatos. "O Sinepe acredita que o cerne do processo negocial é o diálogo contínuo buscando um consenso que culmine em uma composição entre as partes, com a construção conjunta de uma norma coletiva de trabalho para a categoria", diz trecho da nota.
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