Protesto na ALMG

Profissionais de enfermagem pedem transparência de Zema sobre pagamento do piso

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
06/11/2023 às 12:06.
Atualizado em 06/11/2023 às 12:59
 (Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

Profissionais de enfermagem protestam, nesta segunda-feira (6), em frente a Assembleia Legislativa (ALMG), no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, cobrando transparência do governador Romeu Zema (Novo) em relação ao pagamento do piso salarial da categoria.

Na última semana, o Governo de Minas anunciou que o recurso da União já foi repassado e que pagamento dos valores de outubro e do retroativo a partir de maio deste ano seria feito no quinto dia útil de dezembro. No entanto, a diretora executiva do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas (Sind-Saúde/MG), Neuza Freitas, alega que para retirar o recurso dos cofres do Estado é necessário que o governador faça um projeto de lei, o que ainda não foi feito por Zema. 

“O governo não se reúne com a categoria para colocar em um documento a forma como será feito o pagamento para os profissionais. Nem mesmo o retroativo de maio foi pago e muitas prefeituras já pagaram inclusive a parcela do piso. O secretário de Saúde ao ser questionado simplesmente soltou uma nota na imprensa onde não tem nenhuma clareza de informação", explica a sindicalista.

A manifestação dos profissionais de enfermagem pede também mediação e apoio dos parlamentares da ALMG, movimentos sociais e de toda a sociedade. Segundo a diretora do Sind-Saúde/MG a 1ª-Vice-Presidente da Assembleia, deputada Leninha (PT), se comprometeu em receber uma comissão formada por representantes do sindicato e do Conselho Regional de Enfermagem-MG, para uma reunião ainda nesta segunda, onde será discutida uma agenda com o governo de Minas.

Em nota, o Governo de Minas reforçou que o Estado vai garantir o pagamento do piso na folha de dezembro para os servidores estaduais do SUS e esclareceu que, apesar dos esforços por parte do Governo Federal, houve demora no recebimento dos recursos.

"Além disso, algumas indefinições relativas às regras estabelecidas para o pagamento exigiram várias tratativas junto ao Ministério da Saúde para esclarecimentos e recebimento de informações, o que dificultou a adoção das providências necessárias ao pagamento por parte do Governo do Estado", diz trecho da nota. 

Em relação aos profissionais não vinculados ao SUS, o governo afirmou que está atuando para que os recursos sejam disponibilizados pela União, mas que ainda não recebeu resposta efetiva e, dessa forma, ainda não é possível precisar a data do pagamento desses profissionais.

Leia mais:
Preço da picanha e filé mignon têm variação de até 80% na Grande BH, aponta pesquisa

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por