Arte Urbana

Protesto 'lambe-lambe' em BH pede veto ao PL da Devastação, que fragiliza leis ambientais

Intervenção foi instalada na avenida Amazonas e rua dos Caetés, no Centro da capital mineira

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 01/08/2025 às 10:42.Atualizado em 01/08/2025 às 11:37.
A arte, que retrata Lula subindo a rampa ao lado do povo, foi criada por Thais Trindade e integra ação coordenada pelo Megafone Ativismo, com apoio de mais de 150 coletivos em todo o país (Valéria Marques/Hoje em Dia)
A arte, que retrata Lula subindo a rampa ao lado do povo, foi criada por Thais Trindade e integra ação coordenada pelo Megafone Ativismo, com apoio de mais de 150 coletivos em todo o país (Valéria Marques/Hoje em Dia)

Dois pontos no Centro de Belo Horizonte amanheceram, nesta sexta-feira (1º). com cartazes de grande escala protestando contra o Projeto de Lei 2.159/2021 - apelidado de “PL da Devastação”. A ação integra uma mobilização nacional de coletivos de artistas e ativistas, que reivindicam o veto integral do presidente Lula à proposta aprovada no Congresso.

Na capital mineira, os lambe-lambes foram instalados na tarde e noite de quinta-feira (31) na rua dos Caetés, 323, e na avenida Amazonas, 4.567, no Centro de BH. As imagens fixadas nos muros retratam o presidente subindo a rampa do Planalto com representantes da diversidade brasileira, incluindo o Cacique Raoni, ícone da luta indígena e ambiental. Ao lado da cena, a frase “quem sobe a rampa com o povo, defende a vida do povo” cobra uma resposta do Executivo.

A arte é assinada pela ilustradora Thais Trindade, conhecida por seu estilo que mistura xilogravura popular com influências das estéticas zapatistas. Ela possui mais de 250 mil seguidores nas redes e é reconhecida pelo engajamento em causas sociais e ambientais.

150 coletivos em 70 cidades brasileiras

Coordenada pelo Megafone Ativismo, a mobilização reúne mais de 150 coletivos em mais de 70 cidades brasileiras. A proposta é utilizar a arte urbana como instrumento de pressão para que o projeto não avance. “Agora o presidente Lula tem até dia 8 de agosto para sancionar ou vetar o PL da Devastação, que representa um retrocesso sem precedentes na legislação ambiental”, afirma Digo Amazonas, coordenador da organização.

Aprovado em definitivo na Câmara dos Deputados na madrugada do dia 17 de julho, o projeto é criticado por especialistas por fragilizar o sistema de licenciamento ambiental no Brasil.

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