Logotipo Rádio HED

Redação: (31) 3253-2226

Comercial: (31) 3191-5929

Redação: (31) 3253-2226 - Comercial: (31) 3191-5929

Saúde

Purê de batatas contaminado causou intoxicação no Hospital Júlia Kubitschek, aponta laudo

Pelo menos 200 trabalhadores apresentaram sintomas após comerem na unidade de saúde

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 25/11/2025 às 12:44.

A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte confirmou, nesta terça-feira (25), a causa do surto de intoxicação alimentar que atingiu 201 funcionários do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), na região do Barreiro. Análises laboratoriais apontaram a contaminação do purê de batatas servido aos trabalhadores por uma bactéria.

Segundo o executivo municipal, os exames realizados nos alimentos recolhidos na ocasião apresentaram "resultado insatisfatório, positivo para a bactéria Clostridium perfringens".

A Clostridium perfringens é conhecida por sua capacidade de sobreviver a altas temperaturas, incluindo o cozimento, e se prolifera especialmente em alimentos que não são armazenados de forma adequada após o preparo.

Ação em Contagem 

De acordo com a PBH, como a empresa responsável pelo fornecimento dos alimentos está localizada em Contagem, a Vigilância Sanitária repassou imediatamente as informações ao órgão fiscalizador da cidade vizinha. Caberá às equipes de Contagem realizar vistorias para avaliar as condições e as boas práticas de fabricação no local de produção.

O caso segue sendo acompanhado pelos órgãos da PBH e também é investigado pela Polícia Civil.

Contrato ativo

O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) emitiu uma nota criticando a situação e denunciando que a empresa fornecedora do alimento segue com contrato ativo com o Governo de Minas Gerais.

"O contrato segue ativo embora ela não tenha vencido o pregão e ainda cobre R$ 30 milhões a mais que a primeira colocada", afirmou a entidade sindical. A diretora Neuza Freitas foi enfática: "Não existe bactéria preliminar. Laudo é laudo."

O que diz a Fhemig?

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), informou, por meio de nota, que adotou "todas as medidas previstas nos protocolos sanitários e de vigilância epidemiológica" logo após tomar conhecimento dos sintomas gastrointestinais entre os servidores no dia 8 de outubro de 2025.

A Fhemig destacou ainda que iniciou o inquérito epidemiológico, comunicou as Vigilâncias Sanitárias Municipal e Estadual, acompanhou a coleta de amostras e acionou a Polícia Civil. 

Veja nota na íntegra:

A direção do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), informa que, tão logo teve conhecimento dos sintomas gastrointestinais entre servidores no dia 8/10/2025, adotou todas as medidas previstas nos protocolos sanitários e de vigilância epidemiológica.

A instituição iniciou imediatamente o inquérito epidemiológico entre os servidores sintomáticos, comunicou oficialmente o caso às Vigilâncias Sanitárias Municipal e Estadual e acompanhou a coleta de amostras de alimentos e água. A Polícia Civil também foi acionada e segue investigando o caso.

A unidade também disponibilizou ao sindicato todos os laudos de limpeza e de potabilidade da água, os certificados de higienização das caixas d’água, os registros de monitoramento, bem como as notificações formais enviadas à empresa fornecedora da alimentação.

A direção do Hospital cumpre as cláusulas contratuais que preveem os ritos de notificação e eventuais medidas punitivas e aguarda o encerramento das investigações para avaliar novas providências.

Enquanto isso, a direção tem acompanhado as ações imediatas relatadas pela empresa, como verificação interna, reforço de boas práticas, inspeção conjunta com a Vigilância Sanitária e coleta de amostras adicionais para análise laboratorial. A contratação foi conduzida dentro dos critérios técnicos e legais estabelecidos, seguindo os trâmites previstos na legislação.

O HJK prestou todo o acolhimento aos 201 servidores afetados, incluindo orientações médicas, atendimento no setor de Saúde e Segurança do Trabalho, abertura de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e monitoramento individual dos casos. Nenhum paciente ou acompanhante apresentou sintomas.

A Fhemig reafirma seu compromisso com a transparência, a segurança sanitária e a colaboração plena com as autoridades de vigilância para elucidação técnica do episódio e adoção de todas as medidas que se fizerem necessárias para garantir a segurança da comunidade hospitalar.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por