contra mineração

Reitores da PUC e da UFMG assinam nota em defesa da Serra do Curral

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
18/05/2022 às 15:27.
Atualizado em 18/05/2022 às 15:34
 (Valéria Marques/Hoje Em Dia)

(Valéria Marques/Hoje Em Dia)

Reitores da PUC Minas e da UFMG divulgaram nessa terça-feira (17) um manifesto em defesa da Serra do Curral, em Belo Horizonte. O texto aponta preocupações das entidades com os possíveis impactos que a mineração na região pode provocar ao meio ambiente, à saúde e à qualidade de vida da comunidade no entorno.

O texto, assinado por dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, reitor da PUC, e Sandra Regina Goulart Almeida, reitora UFMG, diz que o avanço do projeto significará "grave ameaça" à natureza e à qualidade do ar "tendo em vista que a poeira da exploração minerária poderá invadir a capital".

O manifesto cita que no local estão abrigadas espécies endêmicas (que se reproduzem e são importantes para aquela região) que estão ameaçadas, e que a Serra do Curral "possui papel de reguladora climática e provedora de água em quantidade e com qualidade".

O manifesto cita também risco hídrico para Belo Horizonte, devido à interferência na Adutora do Taquaril, que fornece cerca de 70% da água consumida na capital e pede, ainda, que se considere o projeto de tombamento estadual do local junto ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha).

Clique aqui e leia a nota na íntegra.

Manifestações

O processo de licenciamento do complexo minerário da Taquaril Mineração S.A (Tamisa) tem sito alvo de críticas e ações na Justiça desde sua aprovação, em 30 de abril, pelo Conselho Estadual de Plítica Ambiental (Copam).

A carta dos reitores divulgada nessa terça é a segunda manifestação pública em defesa da Serra nesta semana. Na segunda-feira (16), uma outra carta, assinada por artistas e ambientalistas, foi entregue ao presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus (PSD), também argumentando contra a instalação da mineração na Serra do Curral. 

O Hoje em Dia procurou o governo do Estado e a mineradora Tamisa para comentar a manifestação e aguarda retorno.

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