Resultado de suspeita de variante Ômicron em BH sai até sexta; paciente esteve na África e na Europa

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
30/11/2021 às 16:06.
Atualizado em 08/12/2021 às 01:10
 (Pexels/Divulgação)

(Pexels/Divulgação)

Amostra de exame da mulher que passou pelo Congo e está internada com Covid-19 em Belo Horizonte desde o último domingo (28), está em análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), que planeja entregar o resultado da avaliação até esta sexta-feira (3). Por ter passado pelo continente africano, local de descoberta da variante Ômicron, existe a suspeita de que a paciente tenha contraído a nova cepa do coronavírus.

A Funed afirma que recebeu a amostra no fim da tarde de segunda-feira (29) e que o prazo padrão para sequenciamento é de sete dias. No entanto, como se trata de um caso importante, a análise será feita em tempo menor.

A paciente passou pelo Congo, na África Central, depois pela Turquia, na Europa, e desembarcou em Belo Horizonte no último dia 20, após escala em São Paulo. Ao sentir sintomas da Covid-19, ela buscou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Hospital Odilon Behrens, na região Noroeste da capital, e foi encaminhada ao Hospital Eduardo de Menezes, no Barreiro, onde permanece isolada. Ela não foi imunizada contra o coronavírus.

A Ômicron ainda é uma incógnita para os cientistas, mas algumas características descobertas a partir do sequenciamento genético da variante causam preocupação. Uma delas é o alto número de mutações na proteína Spike, trecho da composição do vírus utilizado em vacinas fabricadas por Pfizer, AstraZeneca e Janssen.

O resultado da avaliação da amostra da paciente com suspeita de ter sido contaminada com a Ômicron será divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Sequenciamento genético

O sequenciamento é a técnica utilizada para analisar o material genético de uma amostra. Através dele, é possível perceber eventuais mudanças na composição do organismo. No caso dos vírus, é como se detecta variações com comportamentos diferentes de transmissão e de risco à saúde humana, por exemplo.

"O que nós fazemos é, por meio de reações químicas, perguntar quais são as variantes naquele material genético. Esse processo dura cerca de seis horas para cada cem amostras, depois vem o resultado que precisa de análise computacional. Então, juntamos isso com as informações que temos de cada amostra e fazemos a notificação para os órgãos dentro do Estado", explicou Renan Pedra, professor de genética da UFMG e coordenador do Observatório de Vigilância Genômica de Minas (OViGen).

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por