
As audiências do Caso Backer foram marcadas para ocorrer entre os dias 23 e 26 de maio, no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Acusados de serem responsáveis pela contaminação da cerveja Belorizontina, que provocou a morte de dez pessoas, serão ouvidos na primeira etapa do processo, que tem início após mais de dois anos dos casos de intoxicação por produtos da cervejaria mineira.
Durante os quatro dias de audiência, testemunhas e réus serão ouvidos na etapa chamada de ‘produção de provas’. O estágio seguinte no processo é a alegação final da acusação e da defesa para produção do material que será avaliado por um juiz.
Entre os dez réus que serão ouvidos nas audiências estão os sócios da empresa Hayan Franco Khalil Lebbos, Munir Franco Khalil Lebbos e Ana Paula Silva Lebbos, além de funcionários da cervejaria.
Relembre o caso
Os casos de contaminação pela cerveja Belorizontina, fabricada pela Backer, vieram à tona em janeiro de 2020. Após relatos de sintomas de intoxicação, em geral com problemas relacionados ao funcionamento do fígado, ao menos 16 pessoas foram internadas e dez morreram após o consumo da bebida.
Investigações da Polícia Civil constataram a presença de dietilenoglicol na cerveja da Backer. Trata-se de uma substância anticongelante utilizada na fabricação das cervejas, mas tóxica quando ingerida.
As atividades da cervejaria foram suspensas pela Justiça em novembro de 2020. Porém, a retomada foi autorizada meses depois, inclusive com a fabricação de rótulos em que o etilenoglicol foi encontrado.