EMOÇÃO

'Se hoje vejo a vida mais leve, foi porque ela me ensinou isso', diz aluna de professora morta em BH

Sepultamento ocorreu nesta terça-feira (22) no Cemitério da Paz, bairro Caiçara, região Noroeste da capital

Daniel Maia
dmaia@hojeemdia.com.br
Publicado em 22/07/2025 às 10:53.Atualizado em 22/07/2025 às 13:50.
Professora de história do Colégio Santa Marcelina, Soraya Tatiana foi sepultada nesta terça-feira (22) (Valéria Marques/ Hoje em Dia)
Professora de história do Colégio Santa Marcelina, Soraya Tatiana foi sepultada nesta terça-feira (22) (Valéria Marques/ Hoje em Dia)

Amigos, alunos e familiares se reuniram na manhã desta terça-feira (22), no Cemitério da Paz, na região Noroeste de Belo Horizonte, para o sepultamento da professora de história Soraya Tatiana Bomfim França. Ela foi encontrada morta no último domingo (20), em Vespasiano, na região metropolitana da capital.

Letícia Andrade, de 16 anos, estudante do ensino médio que foi aluna da professora Tati, como era carinhosamente conhecida no Colégio Santa Marcelina, se emocionou ao relembrar os ensinamentos que recebeu durante o convívio com ela. “Ela me marcou muito. Se hoje vejo a vida de forma mais leve e sensata, foi porque ela me ensinou isso. Foram só doze meses de convivência, mas vou levar pra vida inteira.”

A jovem estudante recordou o carinho e a sabedoria da professora durante as aulas. “Ela estava sempre com um sorriso no rosto, muito carismática e solícita com a gente, pronta para compartilhar seu conhecimento. Foi uma das minhas professoras favoritas, daquelas que realmente marcam os alunos”, afirmou Letícia, emocionada.

Pai da professora Tati, Nilton Bonfim destacou o legado deixado pela filha. “Não sabia o alcance do trabalho dela, de tantos anos cuidando de tantas gerações de pessoas boas, ajudando a ter pessoas boas no mundo. Jogou as sementes e as sementes estão aí. Ela cumpriu parte dessa missão” disse.

Relembre o caso

Soraya Tatiana Bomfim França desapareceu após não comparecer a uma festa de aniversário na sexta-feira, alegando indisposição. No sábado, o filho tentou contato sem sucesso, e as mensagens não foram visualizadas. A família, preocupada, acionou um chaveiro para entrar no apartamento, onde Soraya não foi encontrada. Não havia sinais de arrombamento, mas o celular, os óculos e as chaves da professora haviam desaparecido, embora seu carro estivesse na garagem.

O corpo de Soraya foi encontrado no domingo por moradores, em uma área de mata em Vespasiano, vestindo apenas a parte superior das roupas. O filho realizou o reconhecimento no IML. A Polícia Civil segue com a investigação para esclarecer as circunstâncias da morte da professora.

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