O secretário municipal de segurança e prevenção de Belo Horizonte, Genilson Zeferino, afirmou que havia pessoas armadas e financiadas nas manifestações antidemocráticas em frente ao Comando da 4ª Região, na av. Raja Gabáglia, região Oeste da capital. A informação foi divulgada durante coletiva na tarde desta sexta-feira (6), na sede da PBH.

Durante a fala, Genilson confirmou a presença de armas nos acampamentos e disse que sabia da existência desses armamentos. "Tínhamos a possibilidade de prender algumas pessoas, porque já tínhamos informações de que elas estavam armadas".

Sobre a ação de desmontagem do "QG" dos manifestantes em frente ao Exército, nesta sexta, o secretário de segurança afirmou que o momento foi oportuno, pois eles estavam "enfraquecidos". "A gente aproveitou a oportunidade para fazer a operação hoje porque tinha menor número de pessoas no local. Os que permaneceram nesta noite a partir das 3h eram todos profissionais. A gente percebia que nesse ambiente não eram só os patriotas, eram pessoas que recebiam, inclusive, para estar lá", disse Genilson.

Ás 3h da madrugada, segundo ele, um carregamento de alimentos foi recebido pelo grupo que permaneceu no local.

A participação dos bolsonaristas, além de serem financiadas, também eram articuladas, segundo o secretário. "Parece que elas são escaladas para fazer esse trabalho. Percebe-se, claro, um nível de organização delas. Nunca lidamos com esse nível de organização e hierarquia. As pessoas que atacaram os jornalistas são como soldados".

A Prefeitura, agora, promete agir com rigidez, principalmente após as ações agressivas contra jornalistas e a presença de armamento no acampamento. 'A partir de agora, vamos ter um olhar diferente para essa manifestação e vamos jogar pesado mesmo", disse Genilson Zeferino.