(Reprodução/ Rede Minas)
O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, não acredita em uma segunda onda de Covid-19. A avaliação foi feita em entrevista à TV Globo no início da tarde desta quarta-feira (18). Segundo o representante da pasta, neste momento os números mostram apenas uma pequena elevação de casos em alguns municípios específicos do estado.
O relaxamento por algumas pessoas, com o não uso da máscara de proteção e com as aglomerações, porém, tem preocupado o secretário. “Me preocupo muito com essas manifestações. É importante lembrarmos que estamos vindo de um feriado prolongado. Nos outros feriados notamos um aumento de casos depois de dez, quinze dias. Estamos vindo também de um momento de eleição, mas não tem nenhuma evidência no estado de que estejamos passando ou caminhando para uma segunda onda”, disse.
A alta taxa de transmissão observada em Belo Horizonte nos últimos dias também foi observada pelo representante da pasta. Nesse caso, Carlos Eduardo Amaral avalia que as variações são esperadas e que, nesse momento, não parece ser uma mudança de tendência. “A taxa de transmissão marca a mudança do que aconteceu, ou seja, ela é retrospectiva. A gente avalia e mede para tentar aferir o futuro. Tivemos um aumento em Belo Horizonte, mas estamos vendo uma redução em Minas. Nós estamos variando dentro da base do menor momento que tivemos desde o pico. Mas é fundamental que todos entendam que nós temos que manter os cuidados”, afirmou. Em Minas Gerais, a taxa de transmissão está em 1,09. Em BH, alcançou 1,13 na segunda-feira (16). Isso significa que cada cem pessoas contaminadas pelo novo coronavírus têm potencial para infectar, em média, 113 pessoas.
Na tarde desta quarta, uma reunião para avaliar a situação do estado, através do programa Minas Consciente, será realizada pelo Comitê Extraordinário de Combate à Covid-19. “Nós estamos apurando todos os dados, são sete os indicadores que levamos em consideração. Neste momento, em que vimos alguns aumentos, tudo vai depender do que os indicadores mostrarem. Mas sim, pode haver alguma regressão, o que é natural, no sentido de que a gente regride para conter um pouco mais a epidemia e depois progride, havendo condição”, finalizou. Clique aqui para ver o número de casos por cidade.
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