Seguem em debate os estudos para criação de uma unidade de conservação na Serra do Curral, que há cerca de dois meses foi alvo de uma licença para mineração concedida à empresa Taquaril Mineração S.A. (Tamisa). A proposta preliminar sugere que seja preservada uma área equivalente a 1,8 mil campos de futebol.

Nesta segunda-feira (27) foi realizado um na Cidade Administrativa para avançar com o projeto de ampliação das áreas protegidas da Serra do Curral. O estudo abrange as cidades de Nova Lima, Sabará e Belo Horizonte.

Participaram da reunião a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Marília Melo, o superintendente de gestão ambiental da Semad, Diogo Franco, e o diretor de unidades de conservação do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Breno Esteves Lasmar.

"A partir do despacho governamental do governador Romeu Zema, o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, por meio da Semad e do IEF, inicia o estudo para a criação do Parque Metropolitano da Serra do Curral", afirmou a secretária Marília Melo.

"O conceito do parque se refere a um conjunto de unidades de conservação que serão criadas para a proteção ambiental dessa relevante área do nosso estado. Estamos estudando áreas conforme sua relevância ecológica para definir os tipos de unidade de conservação que serão criados", prosseguiu.

O grupo terá reuniões periódicas para determinar o formato final do conjunto de unidades de conservação. Segundo a Secretaria, "as categorias das unidades serão de proteção integral, o que irá garantir sua preservação definitiva para a sociedade mineira e para as futuras gerações".

Atualmente, a Serra do Curral está sob acautelamento provisório – medida exige autorização do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) para qualquer expansão ou novo empreendimento.

Essa medida foi determinada em 20 de junho, uma semana após o governador Romeu Zema (Novo) assinar um decreto reconhecendo a Serra do Curral como área de relevante interesse cultural do Estado, em função de seu valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.