Trabalhadores da educação da rede municipal de Belo Horizonte decidiram entrar de greve a partir desta sexta (6). A paralisação será por tempo indeterminado - a categoria reivindica um índice maior de reajuste do que aquele apresentado pela prefeitura da capital, de 2,49%, abaixo da inflação e do piso nacional do magistério.
A decisão foi tomada durante assembleia realizada na Praça da Estação, no Centro de BH. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-RedeBH), que representa a categoria, 2 mil profissionais participaram do encontro. Escolas já tinham amanhecido fechadas na quinta-feira devido a uma paralisação promovida pelos movimentos sindicais.
Além da recomposição salarial, os trabalhadores defendem recomposição imediata do quadro de professores - em especial nas Emeis, as escolas de educação infantil - e, ainda, a adequação da carreira, que estaria, na visão dos movimentos sindicais, defasadas desde 2020.
Também reivindicam a redução no número de estudantes por turma para garantir “qualidade no ensino e condições dignas de trabalho”; a ampliação do tempo de planejamento e isonomia no tratamento desse tópico entre os professores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental; e a garantia da paridade nas recomposições salariais para os aposentados.
Além da greve, foi aprovado um calendário de mobilizações para pressionar o Executivo municipal. No fim de semana, haverá atividades nas regionais, com carro de som, colagens de cartazes e panfletagens. Já na terça-feira, dia 10, está prevista manifestação na porta da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão. Outra assembleia está agendada para quarta-feira (11), às 9h.
O Hoje em Dia solicitou posicionamento da PBH e atualizará a matéria caso a prefeitura se manifeste.
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