(Valéria Marques / Hoje em Dia)
Servidores da Educação fazem manifestação na manhã deste terça-feira (4) em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, contra o Projeto de Lei que propõe aumento de 298% no salário do governador Romeu Zema (Novo).
De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), a proposta é "imoral e sem proósito", diante do salário abaixo do Piso Nacional ofertado aos trabalhadores da educação no Estado.
“Quase 300% de aumento para um governador que não paga o Piso Salarial do profissional da educação. Um reajuste nunca antes visto em Minas para esses cargos, quando uma Auxiliar de Serviços da Educação Básica está recebendo menos do que um salário mínimo”, afirma Denise Romano, coordenadora- geral do Sind-UTE.
A votação do PL que reajusta o salário de Zema está prevista para acontecer durante reunião extraordinária nesta terça. O projeto é o principal motivo de embate entre parlamentares da situação e da oposição do governo.
De acordo com o texto, o salário de Zema passaria dos atuais R$ 10,5 mil para R$ 41.845. O aumento será escalonado em três anos:
Além disso, o projeto de lei prevê aumento na remuneração do vice-governador, Mateus Simões, que passaria de R$ 10.250 para R$ 37.660, também escalonado em três anos.
O texto propõe ainda reajuste de 247% na remuneração dos secretários de Estado e secretários-adjuntos. O dos secretários, atualmente de R$ 10 mil, aumentaria para R$ 34.774. Os adjuntos receberiam R$ 31.297.
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