mais um dia de paralisações

Servidores estaduais esperam sanção de Zema para definir rumo das greves; veja como está movimento

Clara Mariz
@clara_mariz
31/03/2022 às 22:13.
Atualizado em 31/03/2022 às 22:13

Mesmo com o reajuste salarial dos servidores de Minas Gerais aprovado pela Assembleia Legislativa (ALMG), professores e agentes da segurança pública decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado.

Nessa quarta-feira (30), o governador Romeu Zema publicou em suas redes sociais que o aumento proposto pelos deputados será vetado.

Além dos servidores estaduais, em Belo Horizonte os professores municipais e os metroviários também seguem em paralisação. Confira como está a situação em cada movimento e como ficará a capital nesta sexta-feira (1º).

Metrô

Em assembleia nesta quinta-feira (30), os metroviários decidiram pela manutenção do movimento grevista na capital. Os trens circulam com escala reduzida, apenas das 10h às 17h, ficando fora de operação nos horários de pico. Já são dez dias de paralisação e cerca de 70 mil pessoas são diretamente atingidas com a falta do meio de transporte dotos os dias. 

A greve, segundo o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais, deve seguir por tempo indeterminado, até que o governo federal esteja disposto a apresentar uma alternativa aos empregados em caso de privatização da CBTU. Os profissionais ainda se queixam da falta de respostas da companhia sobre as atuais negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Segurança Pública 

Os servidores da segurança pública permanecem em greve em Minas. A categoria acordou, na terça-feira (29), durante audiência de conciliação no Tribunal de Justiça do Estado, que não fará manifestações de rua pelo Estado, já que a proposta de reajuste salarial já tramitou na Assembleia Legislativa. 

Para os servidores da segurança pública os deputados aprovaram um reajuste de 14% a ser somado aos 10,06% propostos originalmente. Além disso, está previsto o pagamento de auxílio social, em três parcelas anuais, cada qual correspondente a 40% da remuneração básica do soldado de 1ª classe, a serem quitadas nos meses de maio, agosto e novembro, para ativos e inativos.

Os parlamantares também garantiram alteração na lei que estende o auxílio fardamento a outras categorias da segurança pública. Com isso, ocupantes, na área da Defesa Social, dos cargos de médico, auxiliar executivo, assistente executivo e analista executivo também terão direito ao benefício, caso o governador sancione.

De acordo com o diretor da Federação Interestadual da Polícia Civil (Feipol) no Sudeste, Wemerson Oliveira, os profissionais aguardam a decisão do Governo de Minas para decidirem o destino da paralisação. Até lá, os policiais e agentes penais permanecem atuando no que chamam de "estrita legalidade".

“Nós vamos aguardar para que o governador tenha o bom senso de sancionar o projeto na íntegra. Caso ele vete, nós vamos trabalhar junto com a Assembleia para derrubar o veto” afirmou Oliveira. 

Educação 

Os professores estaduais também continuam com atividades suspensas. A categoria se reuniu nesta quinta-feira, no pátio da Assembleia Legislativa, para debater o futuro do movimento e a continuação da greve. Já são 23 dias de paralisação, que afeta 85% das escolas estaduais.

Ao Hoje em Dia, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) explicou que a equiparação ao piso nacional só acontecerá se o governador Romeu Zema pagar os retroativos desde 2019.

Nesta quarta-feira, o projeto de recomposição aprovado concede um aumento de 33,24%, para alcançar a equiparação com o piso nacional da educação. Os servidores ainda poderão ter a incorporação de alguns benefícios aos salários. Os deputados também aprovaram a anistia aos servidores em greve. Os benefícios foram estendidos aos profissionais da carreira da educação superior.

Já os servidores da educação municipal confirmaram na tarde desta terça-feira a manutenção do movimento grevista. A categoria está em greve desde o dia 16 de março. Conforme o sindicato, uma nova assembleia para decidir os rumos da paralisação está marcada para a sexta-feira (1º), às 14h, em frente ao prédio da Prefeitura de Belo Horizonte. 

Ainda na sexta-feira, pela manhã, está agendado um encontro dos representantes da categoria com o prefeito Fuad Noman, articulado por alguns parlamentares. Em caso de novas propostas, estas também serão apresentadas na assembleia para que a categoria decida os rumos da greve.

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