Suspeito de abusar de crianças em colégio afirma inocência em entrevista

Da Redação
07/10/2019 às 21:11.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:07
 (José Vitor Camilo)

(José Vitor Camilo)

“Estou disposto a ajudar com qualquer investigação. Está doendo muito em mim, porque uma criança precisa de apoio. Eu não tenho culpa nenhuma nesse caso e não quero ser mais uma vítima de acusação injustamente”, afirmou o jovem de 22 anos investigado por abuso sexual de duas crianças de 3 anos no Colégio Magnum.

Em entrevista à rádio Itatiaia, que foi ao ar no final da tarde desta segunda-feira (7), o ex-auxiliar de educação física afirmou ser inocente e que não seria possível alguém realizar tal crime no banheiro da escola, que é bastante rigorosa em relação ao trabalho dos seus profissionais. “Eu sou estagiário e não tenho contato em levar criança ao banheiro. Quem fica por conta dessa parte de troca de roupa e levar ao banheiro são as estagiárias de pedagogia. Eu sou apenas auxiliar do professor na aula de educação física, não tenho nenhum contato com a criança a ponto de ficar com ela no banheiro”, explicou.

O jovem contou ainda que foi demitido da escola na terça-feira da semana passada, mas sem que a instituição lhe informasse da suspeita que havia sobre ele. O rapaz disse que só soube da acusação por meio de boatos. “(Me demitiram) com a alegação que o colégio estava passando por um momento difícil financeiramente, precisaria fazer cortes nos gastos, e mandariam alguns estagiários embora. Fiquei me questionando por que eu tinha sido mandado embora e não chegava numa conclusão plausível. Por que um colégio rico como aquele ia mandar um estagiário embora, que ganha uma bolsa de R$ 500 por mês?”, disse.

O estudante de educação física afirmou também que está recebendo ameaças por meio de redes sociais. “Estou sofrendo ameaças todos os dias, pessoas que não conhecem minha índole e meu caráter. Isso está me doendo muito, não sou um criminoso”, disse o jovem.

O Colégio Magnum informou que a rescisão do contrato de estágio visou preservar a integridade de todos os envolvidos e a transparência da apuração do caso. A escola enviou à imprensa uma nota nesta segunda-feira sobre o caso do suposto estupro; confira:

"Nossa direção foi procurada na última semana pelos pais de um aluno da educação infantil, os quais relataram que um colaborador, durante as atividades da escola de esportes, teria tido atitudes inadequadas com o filho do casal. Considerando que se trata de um fato que é investigado, o colaborador envolvido foi afastado de suas funções para auxiliar na transparência das apurações.

Uma reunião foi realizada na manhã desta segunda-feira com pais de alunos. Na ocasião, uma mãe mencionou ter feito um boletim de ocorrência na noite de domingo, 06/10. Diante da informação, a escola já agendou um atendimento com a família.

A instituição não foi procurada pelas autoridades competentes que apuram o caso, mas, em sua busca pela Justiça e para a elucidação dos fatos, a assessoria jurídica da escola foi orientada a entrar em contato com os referidos órgãos.

Vale ressaltar que toda a equipe do Colégio passa por criterioso processo de seleção e teste psicológico, por treinamento de integração para alinhamento de princípios e conduta, além de capacitação profissional continuada.

A escola possui ainda um programa de rede de acolhimento, por meio do qual são capacitados colaboradores para atuarem na prevenção, identificação e cuidado diante da alteração de comportamento dos alunos.

Após a reunião desta segunda-feira, a direção elaborou um pacote de medidas que será colocado em ação de forma imediata:

- Está à disposição dos pais e dos seus alunos o atendimento da Coordenação Pedagógica, concomitante ao serviço de psicologia, por meio de agendamentos individualizados.

- Será realizada uma revisão de todo o sistema de segurança eletrônica. A entrada de todos os banheiros terá monitoramento por câmeras.

- Cada banheiro da escola terá uma pessoa responsável pela fiscalização.

- Todas as crianças da Educação Infantil continuarão a ser acompanhadas ao banheiro por uma monitora, que permanecerá no local junto com a fiscal de banheiro até que a criança seja acompanhada no retorno para a sala.

A instituição reforça que acredita e defende o princípio da Justiça e apoia as autoridades competentes para que a verdade seja revelada".

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