O monitor de educação física suspeito de ter abusado de duas crianças de 3 anos dentro do Colégio Magnum Cidade Nova, na região Nordeste de Belo Horizonte, alegou inocência mais uma vez durante depoimento, na manhã desta segunda-feira (14), na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. É a primeira vez que ele fala à polícia desde o início das denúncias.
"Nunca tive nenhum problema quanto a isso, com ninguém, com nenhuma mãe. Eu sou inocente. Estou muito assustado com tudo isso. Tenho duas crianças dentro de casa, dois sobrinhos, filhos da minha irmã. Não dá pra entender", afirmou, durante a saída da delegacia.
O advogado Fabiano Lopes, que defende o suspeito, reforçou o argumento de que não há provas contra o estagiário. "Juridicamente a defesa alega ser impossivel o crime ter ocorrido. Seja pelas questões de segurança da escola ou pelas imagens que foram arrecadadas e que foram previamente conferidas. A defesa acredita que no final tudo vai dar tudo certo", afirmou o advogado.
As investigações começaram no dia 4 de outubro, após a denúncia da primeira mãe. Ela procurou a polícia e relatou “que seu filho, de 3 anos, ficava tentando beijar sua boca, atitude não comum entre mãe e filho”. Ela disse também que, ao questionar o comportamento, ele respondeu que teria aprendido isso com o suspeito. Ainda de acordo com a mãe, o aluno "foi forçado a tocar no pênis do autor e que o autor tocou no pênis da vítima”. Segudno a Polícia Militar, a mãe voltou a questionar a criança, que, por sua vez, fez gestos indicando que teria feito sexo oral com o rapaz.
O segundo caso teria sido semelhante, com a criança relatando situações parecidas. Na quinta-feira (10), a Polícia Civil apreendeu um aparelho celular durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do monitor. Na sexta-feira (11), o suspeito participou de manifestação de apoio a ele na porta do Colégio Magnum, onde foi recebido com abraços por pais e estudantes.
Por meio de nota, o Colégio Magnum informou que permanece centrado no apoio psicológico e jurídico a todos os envolvidos. "Reafirmamos nossa crença na verdade, no princípio da Justiça e estamos à disposição das autoridades competentes para que a verdade seja revelada".
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