Tatuagens contra o assédio serão distribuídas no Carnaval de BH

Liziane Lopes
llopes@hojeemdia.com.br
31/01/2018 às 15:58.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:04
 (Reprodução Instagram "Não é não")

(Reprodução Instagram "Não é não")

Uma campanha que nasceu no Rio de Janeiro chega ao Carnaval de Belo Horizonte este ano. Quase cinco mil tatuagens temporárias com os dizeres "Não é Não" já estão sendo distribuídas a mulheres na capital em forma de protesto contra o assédio sexual. "Transformamos nossos corpos em outdoors da nossa luta, produzindo, usando e distribuindo tatuagens temporárias", postou o grupo responsável pelo projeto no perfil do Facebook.

Em Belo Horizonte, a agente do projeto Não é Não, Luiza Alana, conta que a ideia é distribuir as tatuagens de graça nos ensaios dos blocos parceiros como Alô Abacaxi, Garotas Solteiras, Bruta Flor, Acorda Amor e É o Amô. "As tatuagens chegaram na semana passada e já estão sendo distribuídas nos ensaios. "O interessante é que muita gente conhece o projeto e quem não conhece se identifica logo. Os homens também apoiam, mas por enquanto as tatuagens são para elas", afirmou.  Luiza Alana As tatuagens já estão sendo distribuídas nos ensaios dos blocos de Belo Horizonte

Luiza conta que o trabalho que faz é voluntário e, como está envolvida no Carnaval de BH por participar dos blocos e produzir bijuterias da marca Sou Todo Dia para a folia, aproveita para divulgar o projeto. "Onde vou, levo as tatuagens e falo sobre o protesto, que ganha cada vez mais adeptos", diz. 

Para produzir as tatuagens, o grupo conta com um financiamento coletivo. As informações estão disponíveis o site benfeitoria.com/naoenao. Nele, são detalhados todos os custos e gastos com as imagens.

No Brasil

O grupo nasceu no Carnaval carioca e, em 48 horas, conseguiu arrecadar R$ 2.784 e produzir 4 mil tatuagens, que foram distribuídas gratuitamente.

A adesão foi tão grande que o projeto foi ampliado para mais sete cidades. Além de BH e RJ, São Paulo, Salvador, Recife, Olinda e Brasília foram incluídas no circuito. "A gente não tinha planejado distribuir para Brasília, mas os pedidos foram tantos que ampliamos a divulgação", contou Luka Borges, uma das produtoras e criadoras da campanha no Rio.

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