
A aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 nos trabalhadores da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) suspeitos de 'furar a fila' da imunização ainda não ocorreu. A informação foi divulgada pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, nesta quarta-feira (31).
De acordo com o gestor, que assumiu o comando da pasta após a saída de Carlos Eduardo Amaral, envolvido na polêmica sobre a imunização supostamente irregular de funcionários públicos, a SES-MG aguarda a definição dos órgãos que investigam o caso, para que a segunda dose seja ou não aplicada.
Baccheretti explicou que não há risco aos ex-funcionários em 'atrasar' a aplicação da segunda dose, desde que ela seja feita.
"O intervalo da CoronaVac é de 28 dias [entre a primeira e a segunda dose]. Já há bem definido que não há nenhuma interferência na aplicação em prazos mais longos. Estamos seguros em relação à aplicação da segunda dose. Estamos aguardando esse desfecho", declarou.
O caso
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fura-filas foi aceita no dia 11 deste mês na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com o objetivo de apurar falhas na imunização de grupos não prioritários no Estado. Ao todo, são investigadas 2.680 pessoas que trabalham na SES-MG, na capital e no interior, além de 55 funcionários da ALMG.
Outro lado
Quando a Assembleia pediu explicações, Amaral justificou que foi imunizado para dar exemplo e pela atuação no combate à pandemia, o que inclui visitas aos hospitais mineiros. Ele afirmou que seguiu as diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, e garantiu que não houve irregularidade.