Variantes Delta, Gama e Mu agem de forma diferente no organismo; entenda cada uma

Raíssa Pedrosa
rrezende@hojeemdia.com.br
03/09/2021 às 16:25.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:49
 (Pixabay)

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Após alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e registro de casos em Minas, a variante Mu do novo coronavírus, inicialmente detectada na Colômbia, tornou-se mais uma preocupação para a população. Agora, ela se une às cepas Delta e Gama como ponto de atenção dos órgãos de saúde.

Em meio a tantas variantes, muitas dúvidas pairam sobre como cada uma delas age no organismo. Confira:

O que são?

Delta

A linhagem B.1.617.2 do vírus foi detectada inicialmente na Índia, em 2020, sendo apontada como responsável por uma onda de casos e mortes por lá. Atualmente, a cepa, que é mais transmissível, está em circulação em diversos países, causando preocupação, inclusive, naqueles que já estavam com a pandemia controlada.

Ela é apontada como responsável por aumento de casos da Covid em vários locais.

No Brasil, o primeiro caso ocorreu em maio deste ano, em tripulantes de um navio ancorado na costa de São Luís, no Maranhão.

Gama

Inicialmente denominada P1, ela foi descoberta no fim de 2020 em japoneses que voltavam de um viagem à Manaus, no Brasil. Ela é mais agressiva e estudos apontam que pode ser também mais letal.

Mu

A B.1.621, batizada de Mu, foi identificada pela primeira vez na Colômbia em janeiro de 2021 e, desde então, houve “relatos esporádicos” de casos e surtos na América do Sul e na Europa, segundo dados da OMS. Em agosto, foram confirmadas contaminações pela cepa por 39 países. 

Agora, a entidade alerta para o crescimento considerável de registros da nova cepa. Ela é a quinta variante de interesse a ser monitorada pela Organização Mundial de Saúde.

Na Colômbia e no Equador, a incidência da Mu cresceu, chegando, respectivamente, a 39% e 13%.

Em Minas, dos cinco casos identificados, três são de pessoas infectadas em Virginópolis e duas em Guanhães, na região Leste. Ainda não há informação se os casos foram importados ou se há transmissão comunitária da cepa no território mineiro.

Quais sintomas estão relacionados a essas variantes?

Delta

Parecida com uma gripe comum, ela provoca dores de cabeça e de garganta, febre e coriza (nariz escorrendo).

Gama

Dores de cabeça e de garganta, diarreia, conjutivite, perda do olfato ou paladar e erupções cutâneas.

Mu

Ainda não há informações sobre os sintomas relacionados especificamente a essa variante.

As vacinas protegem contra as novas cepas?

Delta

Estudos recentes identificaram que vacinas disponíveis e aplicadas no Brasil são eficazes contra essa variante, ao menos após a aplicação de duas doses. As quatro vacinas administradas no país se mostraram eficientes contra a cepa: AstraZeneca, Janssen, Pfizer e CoronaVac .

Gama

Em julho, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou um estudo sobre a variante que atestou a eficácia das vacinas AstraZeneca e CoronaVac em idosos.

Outros estudos, não conclusivos, mostram que há eficácia desses imunizantes para a cepa, mas que pode ser inferior ao esperado.

Mu

Ela possui uma série de mutações que sugerem que poderia ser mais resistente às vacinas. No entanto, a OMS diz que ainda são necessárias mais pesquisas para confirmar essa informação.

Quantos casos dessas variantes temos em Minas?

Até esta sexta-feira (3), dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontam 236 registros da Delta, 2.563 da Gama e 5 da Mu.

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