Bloco afro

VÍDEO: Angola Janga exalta o empoderamento negro em desfile no centro de BH

Com muita representatividade, bloco destaca a importância das raízes do Carnaval

Pedro Melo
pedro.melo@hojeemdia.com.br
11/02/2024 às 16:08.
Atualizado em 11/02/2024 às 16:39
Criado há 8 anos, se apresenta com uma percussão envolvente, danças tradicionais e vestimentas que ressaltam a identidade e o orgulho da ancestralidade do povo preto (Pedro Melo / Hoje em Dia)

Criado há 8 anos, se apresenta com uma percussão envolvente, danças tradicionais e vestimentas que ressaltam a identidade e o orgulho da ancestralidade do povo preto (Pedro Melo / Hoje em Dia)

A avenida Amazonas, no hipercentro de Belo Horizonte, foi palco de um belo e representativo desfile na tarde deste domingo (11). O bloco afro Angola Janga apresentou um desfile destacando a importância e da necessidade do empoderamento negro por meio das práticas e repertórios.

Com cerca de 80 integrantes, o bloco contou com um repertório autoral e músicas que ressaltavam a cultura negra. Para a estudante negra Jéssica Almeida, 27 anos,  essa repercussão sobre a influência negra é fundamental.

“Deveria ter um bloco desse era toda semana. Quem sabe assim as pessoas não aprendem a nossa cultura e deixam desse preconceito. Desejo que a cultura negra esteja sempre no topo, pois moro em uma periferia e sei o que sofremos”.

Com cerca de 80 integrantes, o bloco contou com um repertório autoral e músicas que ressaltavam a cultura negra (Pedro Melo / Hoje em Dia)

Com cerca de 80 integrantes, o bloco contou com um repertório autoral e músicas que ressaltavam a cultura negra (Pedro Melo / Hoje em Dia)

O Bloco Afro Angola Janga foi fundado em setembro de 2015. O grupo surge da percepção de seus idealizadores da necessidade de enegrecer e periferizar a, então, nova onda de Carnaval que surgia em Belo Horizonte.

Os fundadores, que já tocaram em diversos outros blocos da cidade, sentiram a ausência de pessoas negras e periféricas no Carnaval para além dos trabalhadores e ambulantes. Cientes da necessidade de intervenção para que BH não repetisse esta história, o bloco é pensado e projetado para ser um espaço de manutenção, preservação e divulgação da cultura afrobrasileira, com repertórios e práticas.

Nas vestimentas, predominantemente vermelhas, um dos detalhes gráficos do nosso tema foi inspirado na arte de Breno Loeser, ilustrador, designer e mestre em Ciências da Religião. Designer do núcleo de Estilo da Farm e criador da brenoloeser.com, uma loja dedicada ao comércio de arte afro-brasileira. Arte cujo uso que foi generosamente autorizado pelo artista. A representação de Exu na colagem/tema foi desenvolvida a partir da obra “Festa de Exu”, da série Festa de Orixá.  

Criado há 8 anos, se apresenta com uma percussão envolvente, danças tradicionais e vestimentas que ressaltam a identidade e o orgulho da ancestralidade do povo preto que é a essência do Angola. Além de exaltar as belezas e encantos dos afro-brasileiros, os cortejos temáticos buscam transformar o carnaval em um espaço mais plural.

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