Zema espera o 'maior acordo da Terra' para reparação dos danos causados pela tragédia de Mariana

Bernardo Estillac
bernardo.leal@hojeemdia.com.br
16/11/2021 às 15:26.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:15
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

(Antonio Cruz/Agência Brasil)

O governador Romeu Zema (Novo) afirma estar trabalhando para o "maior acordo da Terra" na reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, região Central de Minas, em 2015. Em entrevista à rádio Itatiaia, o governador diz que o acordo deve ser concretizado em meados de 2022.

“Tive o prazer de me encontrar com o ministro do Meio Ambiente (Joaquim Leite) e com o Bolsonaro. Deixei muito clara para os dois a importância da participação do governo federal nesse acordo e é provável que em meados do ano que vem tenhamos concretizado o maior acordo da Terra”, comenta Zema, que está em viagem oficial aos Emirados Árabes Unidos para a Expo Dubai.

Ainda segundo o governador mineiro, o acordo está sendo trabalhado desde fevereiro deste ano, quando foi firmado o compromisso com a Vale pela reparação da tragédia de Brumadinho. Romeu Zema afirma que o trabalho está sendo realizado em parceria com a Advocacia Geral e o Ministério Público do Estado e o governo do Espírito Santo, também atingido pelos desdobramentos ambientais da tragédia de Mariana.

Procurado pela reportagem, o Ministério Público de Minas diz trabalhar em conjunto com os demais envolvidos para um acordo definitivo com a Samarco e suas proprietárias Vale e BHP Billiton para reparação dos danos sociais, ambientais e econômicos provocados pelo rompimento da barragem do Fundão em Mariana. O órgão, no entanto, não fala especificamente sobre o acordo citado pelo governador.

A Samarco informa que as ações de reparação e compensação de danos da tragédia de Mariana são executadas pela Fundação Renova, criada em em 2016 a partir da assinatura do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta. Conforme a mineradora, a discussão sobre a repactuação do termo é liderada pelo Conselho Nacional de Justiça e ainda não foram debatidos valores.

No último dia 5, o Movimento dos Atingidos por Barragens organizou uma manifestação em Mariana relembrando os seis anos da tragédia e cobrando justiça na investigação sobre o rompimento da barragem

  

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