Em meio às manifestações das forças de segurança de Minas, que ameaçam intensificar a paralisação caso os reajustes no pagamento não sejam feitos, o governador Romeu Zema (Novo) propôs mudanças no abono-fardamento. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (24).

Nas redes sociais, o gestor garantiu que enviará, ainda hoje, um Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para que o abono, que hoje é pago em uma única parcela, em abril, seja ampliado para três, a serem quitadas em março, junho e outubro. Cada uma terá o valor de 40% da remuneração de um soldado.

“A partir de agora, serão três pagamentos anuais dos mesmo 40%, mas se já considerarmos o reajuste de 10% aplicados nessas categorias, vão ser, portanto, três pagamentos de R$ 2 mil", explicou a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto.

O pedido da categoria é de um reajuste de 37,75%. O índice é baseado n cálculo das perdas inflacionárias de 2015 a 2021, descontado um aumento de 13% que foi paga em 2020. Neste ano, um acordo com o governo de Minas estabeleceu uma correção de mais duas parcelas de 12% nos anos seguintes, que não foram acertadas.

“O cobertor das contas públicas é curto e, portanto, o compromisso que faço hoje com os servidores públicos de Minas são conquistas que, neste momento, estão no limite da possibilidade do Estado”, disse Zema.

Representantes do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindipol) e da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (AOPMBM) afirmaram que a proposta não atende a demanda e uma nova manifestação ocorerrá nesta sexta-feira (25), na Cidade Administrativa.

O Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária (Sindasp) e a Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra) foram procurados pela reportagem, mas não responderam.