CELULAR

Galaxy Z Flip5 indica o caminho dos smartphones com telas flexíveis

Marcelo Jabulas
@mjabulas
05/09/2023 às 20:30.
Atualizado em 05/09/2023 às 20:35
 (Marcelo Jabulas)

(Marcelo Jabulas)

Os smartphones com telas dobráveis ainda são aparelhos exóticos. De fato, não há como não se surpreender ou estranhar esses telefones que funcionam com a tela aberta em diferentes ângulos. Mas como toda revolução tecnológica, sempre nos questionamos sobre sua necessidade até começarmos a usá-los.

Depois de ser um usuário ativo de um celular dobrável há mais de 2 anos, posso dizer que esse tipo de tela é o que há de mais prático e que o Samsung Galaxy Z Flip5 é a justa medida desse conceito. Mais leve que seu irmão Z Fold5, o caçula é bastante interessante.

Isso porque ele oferece o mesmo conforto de tela de um smartphone de dimensões grandes como o S23 Ultra. A diferença de tela é de apenas 0,1 polegada, mas com a vantagem de se esconder mais facilmente nos bolsos ou na bolsa. 

Outro fator interessante é a proteção de tela. No Z Flip5 a tela está sempre protegida quando o telefone não está em uso e a nova geração ainda permite acessar várias funções na tela secundária que fica junto às lentes traseiras. 

E por falar em lentes, seu formato dobrável permite gravações e capturas de fotos sem a necessidade de suportes, tripés, pedra, tijolo ou uma caneca para sustentar o aparelho. Basta dobrar até o ângulo desejável e fazer seu vídeo ou programar o disparo da foto. 

Mas porque o dobravel ainda não é padrão? Simples, pois ainda é caro. A tela flexível é um componente caro e uma tecnologia que está em maturação. A arquitetura desses aparelhos ainda é complexa. A cada geração os engenheiros reduzem as dimensões das dobradiças, cada milímetro conta. Dessa forma, o custo de desenvolvimento é infinitamente superior ao que é gasto para desenvolver um telefone padrão, que teve suas diretrizes definidas há 15 anos.

Hoje, o Z Flip5 é um porta-bandeira de uma tendência em expansão. Mas ainda é um aparelho de nicho e a Samsung o vende como uma peça de joalheria. Tem acabamento sofisticado, assim como hardware de ponta. Ele utiliza o mesmo processador de oito núcleos do S23 Ultra, por exemplo.

Claro que o mecanismo de articulação impõe limitações. O espaço físico das dobradiças ainda impede maior área para ampliar capacidade das baterias, ou para adicionar lentes mais potentes, armazenamento ou memória RAM.

Mas trata-se de um aparelho de alta performance. Suas lentes gravam vídeos em 4K e produzem fotos de alta qualidade. Esse telefone comporta até 512 GB de armazenamento, que é maior que muitos notebooks anunciados no varejo.

Ou seja, trata-se de um telefone que não é apenas exótico, mas oferece toda a funcionalidade de um modelo topo de linha convencional. Seu preço de R$ 7 mil ainda assusta a maior parcela dos consumidores, mas é fato que amanhã surgirão modelos mais baratos e voltaremos ao início do século, quando pequenos telefones do tipo flip eram a regra. Você já teria um celular dobrável?

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