Igual recém-nascido: cuidados nos primeiros dias do pet garantem boa saúde por toda a vida

Patrícia Santos Dumont
11/01/2019 às 12:29.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:59
 (Arquivo pessoal)

(Arquivo pessoal)

A chegada de um filhote em casa desperta diferentes sensações, como a descoberta da nova relação e de comportamentos apresentados pelo pet nos primeiros dias de vida. Mais do que prazerosa, no entanto, convivência entre bichinho de estimação e tutor deve ser cautelosa, caracterizada por cuidados especiais com o recém-nascido. 

O primeiro passo é buscar orientação profissional assim que o filhote, seja cão ou gato, chegar ao lar oficial – após dois meses, quando é feito o desmame. Médica veterinária, pós-graduada em clínica de pequenos animais, Talita Izidório Simões Teixeira diz que uma das principais condutas refere-se à oferta de água e comida. 

“É importante que a ração seja própria para filhotes e de excelente qualidade, super premium. Para os cães, o ideal é oferecê-la em diferentes momentos do dia para evitar crises de hipoglicemia. Já os gatos devem ter ração sempre disponível”, detalha. 

Vacina e vermífugo 

Ficar de olho no calendário de vacinas e na vermifu-gação do pet também é fundamental para garantir a boa saúde do animal por toda a vida. 

Para evitar esquecimento das doses e reforços, a dica é buscar orientação profissional. Além de vacinados, gatos, por exemplo, devem ser testados para FIV e FeLV, doenças exclusivas de felinos. Quanto antes, melhor, diz a veterinária Sandra Matoso, do Life Hospital Veterinário. 

Até que a imunização seja concluída, a regra, para as duas espécies, é manter o pet em casa. “Não é frescura! Até que estejam completamente protegidos, não devem passear, nem ir ao petshop. Nos primeiros meses, doenças virais, protegidas por vacina e de fácil transmissão são muito graves”, reforça.

À risca 

Tutora da lulu da Pomerânia Liz, de 1 ano e 2 meses, a jornalista Raquel Brasil, de 33, seguiu à risca as recomendações da veterinária escolhida por ela.

“A Liz só saía de casa para vacinar e pesar e, assim mesmo, no colo. Para mim, o mais difícil nessa primeira fase foi educar. Por isso, optei por contratar um adestrador quando ela tinha 3 meses. Sem ele, teria sido mais difícil”, diz.

Veterinária parceira da DrogaVet em Belo Horizonte, Perla Lembi diz que o adestramento é aconselhado a partir do segundo mês de vida do animal. “É quando começa o período de socialização entre pet e tutor. Consequentemente, conseguimos evitar problemas comportamentais”.

De acordo com a profissional, é fundamental que os ensinamentos ocorram na casa do animal de estimação, já que a vacinação, nesse período, não terá sido concluída.Riva Moreira

Tutora de Liz, Raquel Brasil procurou seguir à risca todos os conselhos da veterinária escolhida por ela para tratar a lulu da pomerânia; até completar as vacinas, a cadelinha não saía de casa

Castração divide especialistas, mas deve ocorrer precocemente para prevenir doenças

Recomendada por médicos veterinários, benéfica para a saúde dos pets, a castração divide opiniões de especialistas, mas é uma das condutas que mais requerem atenção nos primeiros meses de vida de cães e gatos. Alguns profissionais defendem que a medida ajuda a prevenir doenças como o câncer; outros recomendam esperar pelo menos até o primeiro cio do animal. 

Médica veterinária em Belo Horizonte, Perla Lembi explica que há linhas de estudo divergentes sobre o assunto. Segundo ela, no entanto, é fundamental que o tutor seja orientado por um profissional para, então, definir a melhor conduta. 

“Nas fêmeas, o foco da castração precoce é evitar doenças uterinas e até neoplasias mamárias. Já para os machos, recomendamos que seja mais tardia, após 1 ano, quando os órgãos sexuais já se desenvolveram”, detalha.Pet Reabili/DivulgaçãoAtropelado em casa casa, Marreta passou por cirurgia e, hoje, faz fisioterapia duas vezes por semana

Vigilância 24 horas 

Acompanhar de perto a rotina do filhote também é imprescindível nos primeiros meses do pet no novo lar. Monitorar a exploração da casa nova, bem como restringir o acesso do pet a áreas externas, por exemplo, ajuda a evitar acidentes muitas vezes fatais. 

Que o diga a gerente Suelen Ribeiro Carvalho, de 36 anos. Tutora de Marreta, buldogue francês de 7 meses, ela passou um susto recentemente depois que o pet foi atropelado dentro de casa. 

"Não considero um descuido, pois ele já estava com a gente há 4 meses e nunca havia acontecido nada. Depois do atropelamento, o que fiz foi mudar a rotina. Agora, ao invés de ficar solto (na área externa) durante o dia, só fica à noite”. 

Veterinária no Life Hospital Veterinário, em BH, Sandra Matoso diz que a vigilância deve ser parecida com a que se tem com bebês. “É a mesma coisa de uma casa com criança. É preciso ser vigilante no dia a dia”, reforça.Editoria de Arte

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