(Pixabay)
Tradicional nas festas de fim de ano, a queima de fogos de artifício, como os rojões, pode ser um show à parte para os humanos, mas para os pets, o barulho é um grande vilão, já que a audição deles é muito superior à nossa.
"O estresse causado por esses sons pode levar os animais a terem uma parada cardíaca e até à morte", alerta o médico veterinário, doutor pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e professor das Faculdades Kennedy, Mitzem Sathler Bretas.Vivian Chagas / Hoje em Dia
A audição dos cachorros é mais aguçada que a dos humanos
Além disso, o médico explica que, ao se sentirem ameaçados pelos barulhos, os bichinhos podem se envolver em acidentes domésticos para fugir do "suposto perigo". Eles podem ser atropelados, cair de escadas ou pular de locais como varandas e janelas.
Outra consequência dos estampidos dos fogos é que eles podem lesionar o tímpano do animal e levar a quadros mais sérios, como a perda total de audição. Os tutores também devem ficar atentos à essa questão, visto que a exposição a sons intensos é a segunda causa mais comum da perda auditiva no Brasil. (Veja como se cuidar aqui).
"Os cães têm a audição como um dos sentidos mais aguçados. Por serem animais com instinto de guarda, eles são preparados para ouvir tons que o ouvido humano não é capaz", comenta a especialista em comportamento de cães, Luisa Pires.
Para que os melhores amigos não sofram durante as comemorações, o professor Mitzem Sathler e a especialista Luisa Pires enumeram dicas de cuidados para tranquilizar os pets. Confira:
Antes do barulho
Durante o barulho
Projeto de lei
No último dia 15, a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) aprovou, em primeiro turno, o Projeto de Lei (PL) 79/2021 que proíbe o uso de fogos de artifícios barulhentos na capital. O texto apresentado recebeu uma emenda do vereador Álvaro Damião (DEM), que veta apenas os artefatos que, a 100 m do local da soltura, emitam ruído acima de 120 decibéis, como os famosos rojões.
Ao todo, 35 parlamentares votaram a favor, dois foram contra e três se abstiveram.
A discussão sobre esse assunto na capital já é antiga. Em 2018, outro projeto de autoria de Osvaldo Lopes, à época vereador, também foi aprovado em primeiro turno. No entanto, segundo Melo, ele foi arquivado quando Lopes virou deputado estadual.
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