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'Acho lindo investigar corrupção', diz Lula sobre mensalão e Centrão

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
25/08/2022 às 21:57.
Atualizado em 25/08/2022 às 22:02
Lula: “para evitar a corrupção é preciso investigar e denunciar as pessoas, punindo os culpados" (Valter Campanato/ABr)

Lula: “para evitar a corrupção é preciso investigar e denunciar as pessoas, punindo os culpados" (Valter Campanato/ABr)

Em sabatina promovida pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na noite desta quinta-feira (25), o ex-presidente Lula foi questionado pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos sobre sua relação com o Centrão. 

“A relação do PT com o Centrão acabou resultando em um grande escândalo de corrupção, que foi o Mensalão. Como evitar que escândalos como este ocorram novamente?”, questionou Renata.   

Em resposta, Lula disse que “Centrão não é um partido”. “É preciso conversar com os partidos separadamente. Democracia é isso, conviver com a diversidade. Quem ganhar vai ter que conversar com o Congresso Nacional e com os partidos que existem", disse o candidato.

Não satisfeitos, os apresentadores voltaram a questionar como Lula evitaria um novo escândalo de corrupção.  Ele, então, respondeu que “para evitar a corrupção é preciso investigar e denunciar as pessoas, punindo os culpados. É preciso ter uma Justiça eficaz e uma imprensa livre. Acho maravilhoso denunciar a corrupção”.

Entenda o que foi o Mensalão 

O escândalo consistiu nos repasses de fundos de empresas que faziam doações ao Partido dos Trabalhadores (PT) para conquistar o apoio de políticos. O esquema de corrupção começou em 2002 e só em 2005 foi descoberto, por meio de uma gravação secreta. 

Nela, Maurício Marinho – na época chefe do Departamento de Contratação dos Correios – foi flagrado recebendo propina de R$ 3 mil em nome do deputado federal Roberto Jefferson, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). 

Depois de o vídeo ter sido divulgado, Marinho fez uma delação sobre os detalhes do Mensalão – que envolvia não apenas os Correios e o PTB, mas também o PT e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). 

Logo após o flagrante, Jefferson também delatou todo o esquema de corrupção. Ele disse que Delúbio Soares, o então tesoureiro do PT, destinava uma mesada de R$ 30 mil para congressistas apoiarem o governo Lula.

Além desses, José Dirceu – ministro da Casa Civil na época –, José Adalberto Vieira da Silva, Marcos Valério e Kátia Rabello foram envolvidos.

Enquanto Dirceu foi acusado de chefiar a organização do esquema de propina, José Adalberto virou manchete nacional ao ser encontrado com milhares de dólares na cueca, em uma passagem pelo Aeroporto de Congonhas. 

Já Marcos Valério foi indiciado por desviar dinheiro por meio de agências publicitárias, e Kátia Rabello por realizar lavagem de dinheiro e empréstimos ilegais.

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