Política

Após polêmica envolvendo Lula, XP cancela pesquisa eleitoral semanal

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
09/06/2022 às 16:55.
Atualizado em 09/06/2022 às 16:56
 (Reprodução/TSE)

(Reprodução/TSE)

A XP, financiadora da pesquisa do Ipespe a respeito das intenções de voto para as eleições de 2022, decidiu cancelar a divulgação do levantamento que aconteceria nesta sexta-feira (9). Agora, o resultado, que era divulgado semanalmente, passará a ser mensal.

A decisão acontece após repercussão da pesquisa divulgada na última sexta-feira (3), que indicava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato “mais honesto” entre os que disputam a eleição presidencial, com 35% dos entrevistados a favor de Lula e 30% a favor de Bolsonaro.

O Ipespe também chegou a divulgar dados de intenção de voto indicando possível vitória de Lula sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda no primeiro turno.

Um dos que questionaram os resultados foi o senador Flávio Bolsonaro (PL). “Lula é mais honesto que Bolsonaro…O mesmo Instituto deu Lula com 45% e Bolsonaro com 34% kkkkk”, comentou em suas redes sociais.

Outro que fez críticas à pesquisa e ao diretor do Instituto Ipespe foi o ex-ministro da cultura e pré-candidato a deputado, Mário Frias. "Antonio Lavareda é o presidente do conselho do Ipespe, que faz pesquisas para a XP. Ele foi sócio do Duda Mendonça numa agência que teve contratos ganhos nos governos do PT. O Ipespe é o mesmo instituto que disse que os brasileiros acham o Lula mais honesto que Bolsonaro", disse.

Após ser acusada por diversos perfis nas redes sociais de ter cancelado a pesquisa, a XP negou o cancelamento dizendo que houve apenas uma readequação. 

“A XP nega que a pesquisa será cancelada e ratifica que contrata diversos tipos de pesquisas de diferentes institutos com o intuito de auxiliar seus clientes a tomarem as melhores de decisões sobre investimentos. A realização das pesquisas terá periodicidade mensal, com número de entrevistas ampliado em relação às realizadas nos levantamentos anteriores, oferecendo dessa maneira uma ferramenta ainda mais ampla para que os investidores compreendam o cenário eleitoral e seus impactos no mercado. As próximas pesquisas registradas no Tribunal Superior Eleitoral já estarão adequadas ao novo formato”, informa a nota da empresa.

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