Bolsonaro está de volta ao Brasil após três meses (Redes sociais)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) resolveu romper o isolamento e encontrar com manifestantes na frente do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência da República em Brasília (DF). Ele ouviu pedidos de golpe militar de alguns apoiadores e respondeu dando apoio aos protestos.
"Cada minuto é um minuto a menos; vamos vencer. Diferentemente de outras pessoas, vamos fazer a coisa certa e vamos vencer. Acredito que vocês estão se manifestando de forma democrática, de acordo com a lei, vocês são cidadãos de verdade e está na hora de parar de serem tratados como outra coisa. Acredito em vocês. Vamos respeitar o nosso país, se Deus quiser, tudo vai dar certo no momento oportuno”, disse.
Em outro trecho, Bolsonaro, acompanhado de seu ex-candidato a vice-presidente, general Braga Netto, afirmou que quando as decisões são "exclusivamente nossas", são menos "dolorosas", porém que agora era necessário "aguardar".
"Quando as decisões passam por outros, elas precisam ser trabalhadas. Se algo der errado é porque eu perdi a minha liderança. Eu me responsabilizo pelos meus erros. Mas peço a vocês que não critiquem sem ter certeza absoluta do que está acontecendo", afirmou.
Os vídeos estão sendo divulgados nas redes por apoiadores do presidente derrotado nas eleições deste ano. O pronunciamento ajudou a dar força a um boato que começou a circular na última terça-feira (7) nos acampamentos de manifestantes bolsonaristas, que dá a entender que o Brasil já estaria sob intervenção militar e que Bolsonaro seria o "presidente interino".
Adversários do atual presidente utilizaram as redes sociais para criticar a fala dele. É o caso do ex-deputado Ivan Valente, que lamentou e disse que Bolsonaro não "aprendeu nada no período em que permaneceu em silêncio".
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não fez nenhuma manifestação pública a respeito dessa situação.
Nesta sexta-feira (9), Lula indicou o nome do futuro ministro da Defesa. A psta será comandada por José Múcio Monteiro. Ele será o responsável por administrar as forças armadas durante o governo petista. José Múcio é conservador, ex-ministro do Tribunal de Contas da União e ex-deputado federal. A escolha do nome foi considerada um sinal de paz aos militares.
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