(Reprodução/Redes sociais)
Existe uma Federação no caminho da possível aliança entre Romeu Zema (Novo) e o jornalista Eduardo Costa (Cidadania). O anúncio de que o comunicador – âncora de rádio e TV em Belo Horizonte há mais de 30 anos – foi convidado a compor a chapa pela reeleição do governador movimentou o xadrez político mineiro ontem. Para virar realidade, porém, ainda será preciso convencer o PSDB.
Cidadania e PSDB formam uma “Federação Partidária” e são obrigados a participar das eleições de forma unificada. Para que Eduardo Costa seja vice de Zema, os tucanos teriam que desistir da candidatura do ex-deputado Marcus Pestana, mas o partido reclama que não foi avisado da negociação.
“O PSDB é conhecido por sua capacidade de dialogar, mas nesse caso, dadas as circunstâncias de anúncio da nova chapa, sem sequer dar tempo de o assunto ser tratado com o conjunto do partido, reafirmamos que Marcus Pestana é pré-candidato”, afirma nota divulgada pelo partido.
Na opinião de analistas, o governador Romeu Zema seria beneficiado pela aliança com a atração de votos na região metropolitana, onde o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), principal adversário de Zena na disputa, concentra votação.
“Eduardo Costa não é um político. É um comunicador conhecido, apresentador de uma rádio que é comandada pelo empresário Rubens Menin. É uma candidatura que pode atrair apoios deste grupo, sobretudo na região metropolitana de Belo Horizonte”, diz o cientista político Oswaldo Dehon.
O PSDB também seria beneficiado pela aliança e as reclamações públicas seriam parte de “jogo de cena”, uma negociação para composição da chapa.
“As reclamações são um ruído, fazem parte de um teatro, mas, para o PSDB, colocar a Federação em uma chapa forte na disputa estadual pode favorecer o desempenho eleitoral do partido na eleição para deputados estaduais e federais, o que seria fundamental na atual situação do partido”, pontuou o cientista político Adriano Cerqueira.
O deputado estadual João Vítor Xavier, presidente do Cidadania em Minas, afirmou que as conversas são ainda embrionárias. “Respeito muito o direito do PSDB apresentar nome. Tenho certeza de que vão respeitar nosso direito de apresentar outro caminho”.
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