Apoiado pelo governador

Felipe D’Ávila diz que Zema deve focar em Minas e não entrar em temas nacionais

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
12/07/2022 às 16:03.
Atualizado em 12/07/2022 às 16:16
Felipe D'Ávila e Tiago Mitraud, candidatos a presidente e vice nas eleições de 2022 (Fernando Michel)

Felipe D'Ávila e Tiago Mitraud, candidatos a presidente e vice nas eleições de 2022 (Fernando Michel)

O pré-candidato a presidência do Brasil, Felipe D’Ávila (Novo), do mesmo partido de Romeu Zema, disse que o governador de Minas precisa manter a postura de ficar "fora" dos problemas da política em Brasília. Para ele, Zema é um “exemplo” que deveria ser seguido por outros governadores, por ser focado apenas nas questões do Estado.

"Minas tem que focar em Minas, não precisa dar palpite em debates do Congresso Nacional, como fazia João Doria”, afirmou Felipe D’Ávila em crítica ao ex-governador paulista, que tinha pretensões de disputar o cargo de presidente nas eleições deste ano, mas acabou vendo seu projeto abortado pelo PSDB.

O cientista político, professor da UFMG, Carlos Ranulfo, avalia que a situação do governador Romeu Zema é difícil. Para ele, a aproximação de Zema com Jair Bolsonaro “tem mais potencial para tirar votos do que para agregar votos” ao governador. “Zema se elegeu na esteira do bolsonarismo, mas hoje ele não precisa mais”, afirma. 

O risco, segundo o professor, seria o presidente Jair Bolsonaro concentrar força na candidatura do senador Carlos Viana (PL), o que pode tirar votos de Zema. Ainda assim, a postura de neutralidade ainda pode ser melhor para o governador, avalia Ranulfo. “A alegação [de Romeu Zema] de que é necessário apoiar o candidato de seu partido, Felipe D’Ávila, na disputa presidencial, pode ser uma forma de se manter neutro na disputa nacional”, afirma o professor. 

Felipe D’Ávila deve ter o apoio formal do governador mineiro na disputa presidencial. Nesta semana, ele visita Belo Horizonte acompanhado de seu candidato a vice-presidente, o deputado federal mineiro Tiago Mitraud (Novo). Em entrevista, ambos comentaram o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) do governo federal que aumenta o "auxilio Brasil” e cria um voucher de apoio aos caminhoneiros. 

Segundo eles, o partido Novo é contra a proposta. “Não foi o Novo que mudou, foi o Bolsonaro que mudou e passou a adotar o fisiologismo para ficar no poder”, afirmou Felipe D’Ávila.

Mesmo assumindo postura crítica aos projetos de interesse do governo de Jair Bolsonaro (PL) e lançando uma candidatura que vai disputar com o atual presidente, tanto Felipe D‘Ávila quanto Tiago Mitraud garantem que o partido não é oposição ao governo, mas apenas se coloca contra em projetos que são incompatíveis com a proposta do Novo.

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