Transporte público

Fuad Noman e Gabriel Azevedo discutem reajuste nas tarifas dos ônibus de BH nesta terça

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
25/04/2023 às 09:27.
Atualizado em 25/04/2023 às 11:04
Fuad Noman e Gabriel Azevedo travaram um embate nesta terça-feira (Montagem/Hoje em Dia)

Fuad Noman e Gabriel Azevedo travaram um embate nesta terça-feira (Montagem/Hoje em Dia)

O aumento das passagens de ônibus em Belo Horizonte de R$ 4,50 para R$ 6, instituída no domingo (23), segue como pauta principal do Legislativo e Executivo. Em mais um capítulo do imbróglio, o prefeito da capital, Fuad Noman (PSD) e o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo (sem partido), se reúnem na tarde desta terça-feira (25) em busca de um acordo sobre o reajuste de 33%. 

Fuad e Gabriel têm reunião marcada na sede da PBH, às 15h, desta terça. O contrato vigente entre o município e as empresas de ônibus tem sido tema de embate entre os dois nos últimos dias, inclusive, com troca mútuas de acusações nas redes sociais. 

O prefeito acusa a CMBH de demora na análise do Projeto de Lei (PL) 538/2023 que prevê um novo modelo de remuneração às empresas, com outro repasse de R$ 476 milhões às empresas de ônibus. Segundo o chefe do executivo municipal, o reajuste segue inalterado até a aprovação do PL. Após a validação, a PBH diz que vai arcar com parte dos custos das passagens. 

“A intenção é que a diferença entre as receitas e os custos do sistema seja paga pela Prefeitura, em função do quilômetro rodado. A conta é matemática e depende do montante financeiro disponível no orçamento”, diz em comunicado.

A medida, no entanto, é duramente criticada pelo presidente da CMBH, o vereador Gabriel Azevedo (sem partido), afirmando que Fuad “se rendeu” aos empresários do transporte público. O presidente da Câmara ainda chamou o prefeito de covarde.

Gabriel disse que o Legislativo não vai aceitar o pagamento de quase meio bilhão sem uma contrapartida. “A decisão de aumentar a tarifa é exclusiva do prefeito, que poderia ter decidido o contrário. Condicionar esse valor, que mais se assemelha a um assalto, ao Poder Legislativo é uma história que não cola, pois a cidade sabe como os empresários de ônibus atuam em Belo Horizonte há anos. Quem se alinha ao empresariado de ônibus se coloca contra o povo”.

A reunião entre os líderes do Executivo e do Legislativo acontece ainda enquanto tramita no Legislativo um Projeto de Resolução (PRE) para sustar o reajuste das tarifas. A proposta protocolada nessa segunda (24), no entanto, ainda segue sem previsão de votação. 

Segundo a assessoria do presidente da CMBH,  dentro de cinco dias uma comissão especial composta por cinco vereadores será constituída pelo parlamentar que produzirá um parecer para ser votado em plenário. A medida precisa de 21 votos para aprovação. Se o documento for aprovado, o preço das passagens volta imediatamente para os valores anteriores.

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