Trabalho

Lula diz que governo Bolsonaro mudou forma de calcular desemprego para melhorar números

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
28/10/2022 às 23:34.
Atualizado em 28/10/2022 às 23:45

O ex-presidente Lula (PT) afirmou que o governo de Jair Bolsonaro (PL) mudou a forma de cálculo do desemprego para conseguir números melhores. “No meu governo, o emprego era de carteira assinada. Eles consideram tudo: informal, MEI, trabalhador temporário”, afirmou o petista.

Lula afirmou que caso seja eleito, vai fomentar a criação de cooperativas, vai isentar o Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil. Afirmou que na gestão de Bolsonaro, a economia cresce metade do que cresce no mundo. 

Lula ainda disse que o papel de um presidente é “harmonizar a sociedade” e governar junto com governadores e prefeitos. “A gente vai trabalhar junto, esse é o papel de um presidente da República. Ficar de fora brigando com todo mundo, xingando todo mundo, o Brasil não vai para frente”, disse Lula em referência aos conflitos de Bolsonaro com prefeitos durante a pandemia.

“Vamos rediscutir a CLT para que os trabalhadores tenham garantias sociais, para quem trabalha na economia informal. “O salário mínimo não teve nenhum aumento real, no governo deste homem”, destacou.

Bolsonaro negou que tenha problemas com os prefeitos e utilizou um evento organizado pelo governador mineiro Romeu Zema (Novo) para mostrar que está bem com os prefeitos. 

“Há poucas semanas me reuni com 650 prefeitos de Minas Gerais, com o governador Zema. Também com o Caiado. E os prefeitos me apoiam porque eu não brigo com eles. Estamos muito bem com os prefeitos. No seu tempo eles faziam romaria a Brasília para conseguir recursos”, afirmou Bolsonaro.

Lula ainda questionou um encontro esvaziado que teria havido entre Bolsonaro com prefeitos do Norte de Minas, em Teófiolo Otoni. O presidente negou que o encontro estivesse esvaziado e disse que havia muito mais pessoas do que no comício de Lula.

No governo Bolsonaro, o salário mínimo registrou aumento acima da inflação (1,14%) apenas em 2019, mas a lei que definiu esse reajuste foi aprovada na gestão anterior, de Michel Temer (MDB). De 2020 a 2022, a atualização do piso nacional seguiu a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior.

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